Politica
Sem conhecimento da JURA, JURS e JFNLA, CNJ lança Fundo de Apoio Social à Juventude
De acordo com fonte do Correio da Kianda, o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) lança, na tarde de hoje, às 15h, numa das unidades hoteleiras em Luanda, o Fundo de Apoio Social à Juventude Angolana. De acordo com a mesma fonte, o fundo visa mitigar os problemas básicos da juventude angolana. Por outra, o mesmo fez saber que o fundo não vai dar dinheiro aos jovens, mas sim, “vai aparecer para financiar iniciativas de negócios e dar cestas básicas aos jovens com dificuldades financeiras”.
Antes do lançamento, o Correio da Kianda ouviu as principais organizações juvenis partidárias e sociais que fazem parte do CNJ, sobre o projecto a ser lançado, e todos tomaram conhecimento através do nosso órgão.
Para o secretário nacional da JURA, Agostinho Lopes Kamuango, tal comportamento demonstra falta de clareza por parte da direcção do CNJ, enquanto a organização juvenil que lidera é parte da direcção desta agremiação.
“A JURA faz parte da direcção nacional do CNJ, como representante do conselho fiscal, mas enquanto organização filiada não fomos comunicados. Precisamos estar por de dentro sobre iniciativas como estes”, disse e entende que talvez houve um lapso, mas que oficialmente não foram contactados.
Agostinho Lopes Kamuango disse que “a juventude angolana passa por inúmeras dificuldades e difíceis e é necessário que haja cada vez mais iniciativas que concorram para as saídas, de modo a se mitigar as situações vividas pela juventude, disse. Por outro lado, Kamuango reconhece a iniciativa e espera que este projecto se reflicta na vida dos jovens.
Por sua vez, o secretário permanente nacional da JURS, braço juvevil do PRS, Gaspar dos Santos Fernandes, disse que desconhece totalmente o carácter do programa que será lançado na tarde de hoje, mas também é de opinião que a iniciativa, por si só, é de extrema importância, porque entende que surge numa altura em que os jovens precisam muito de apoio deste carácter.
O líder da juventude do PRS realçou que os jovens angolanos “não precisam só de dinheiro, mas também de iniciativas para criarem os seus próprios pequenos negócios e o projecto do CNJ vem a calhar”. E “sublinha que não seja só um programa concebido com bases e fins eleitorais”.
“Espero que não seja um programa que surge na correria de campanha eleitoral ou programa propagandista que favorecem ao actual executivo. Acredito que é mais um desperdício”. Gaspar dos Santos destacou que para que haja êxito, é necessário primeiro estudar o meio, as dificuldades e as necessidades das pessoas, dali, desenha-se políticas que visam salvaguardar os interesses das comunidades e das pessoas e também das famílias.
O jovem político do PRS também se mostrou duvidoso através de vários projectos criados para juventude com as mesmas finalidades e que não tiveram êxitos e neste, além da falta o ponto de vista das demais organizações partidárias, e não só, questiona-se a sua eficácia.
Num tom mais crítico, o líder da juventude da FNLA, Kiaku Kiala, desvaloriza a iniciativa do CNJ e diz mesmo que a princípio, o projecto não devia ser denominada de fundo de apoio social aos jovens, mas sim, de “um pequeno grupo que irão se beneficiar com este programa discriminatório”.
Kiaku disse que quando se fala de fundo da juventude era necessário que se convocasse os elementos que compõe o CNJ e uma delas são as organizações partidárias. E o político dos irmãos, não mostra-se expectante com a iniciativa.
Já o presidente do MEA, Francisco Teixeira, assegura que teve conhecimento sobre o lançamento do projecto, afirmando que o fórum será realizado com a presença dos empresários locais e estrangeiros.
De acordo com activista, após o lançamento haverá um período de recolha de bens e muitos mais que depois será alocado aos jovens com dificuldades. Espera que seja na realidade algo prático e que este fundo “venha mesmo na realidade beneficiar os jovens, e que não sejam simplesmente jovens partidários, mas sim, de todos os jovens angolanos”.
O Correio da Kianda contactou a direcção do CNJ para obter mais informações sobre o lançamento do fundo, mas os mesmos disseram que só irão pronunciar-se após a apresentação do projecto.