Economia

Sector real da economia financiado com 1,7 bilhões de kwanzas

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O Secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, afirmou nesta terça-feira, 18,  em Luanda, que o crédito orientado ao sector real da economia alcançou 1,7 bilhões de kwanzas, em Setembro deste ano, registando um crescimento superior a 14% quando comparado com o seu período homólogo.

Ivan dos Santos, que falava na abertura do 14º Fórum, dedicado ao tema “Financiamento e a economia: desafios e caminhos para um sistema mais eficiente e inclusivo”, descreveu os dados como sendo encorajadores, apesar de ainda insuficientes para responder às necessidades de investimento que o país precisa.

Sublinhou ainda ser um momento em que se configura necessário o reforço da cooperação entre o Estado e o sector financeiro, sobretudo no que diz respeito ao financiamento a projectos estruturantes.

Realçou, por outro lado, a evolução positiva que o sistema financeiro tem demonstrado no que diz respeito ao financiamento da economia.

“Dados recentes do Banco Nacional de Angola, referentes a Setembro de 2025, indicam que o estoque de crédito à economia e moeda nacional atingiu os 6,8 bilhões de Kwanzas, o que representa um crescimento de 27,5% face ao período homólogo”, referiu.

No que as infraestruturas diz respeito, o Secretário de Estado reconheceu que “sem estradas eficientes, energia fiável, logística estruturada e conectividade adequada, não haverá crescimento sustentável, inclusão económica nem competitividade internacional.

“O financiamento de infraestruturas deve ser visto como um financiamento de estratégia e de retorno elevado. E este é um domínio onde o sistema bancário pode desempenhar um papel decisivo, criando instrumentos de longo prazo, partilhando risco com o Estado e estimulando a participação dos investidores privados, nacionais e internacionais”, advogou.

Informou que o governo está empenhado em criar condições necessárias para apoiar este esforço, com o reforço de mecanismos de financiamento misto, a promover fundos de garantia e a aprofundar reformas destinadas a reduzir o risco do investimento através de parcerias pública-privada.

Entretanto, considerou como sendo fundamental que o sector financeiro continue a inovar, diversificar produtos e ampliar o crédito orientado à produção, para as infraestruturas e a dinamização das exportações.

O governante defendeu, por outro lado, a construção de um sistema financeiro mais inclusivo exige que o crédito chegue às Micro, Pequenas e Médias Empresas, às cooperativas, aos jovens empreendedores e às iniciativas que fazem a economia crescer a partir das nossas comunidades.

“A inclusão financeira não é apenas um objecto social. É uma plataforma indispensável para gerar empregos, aumentar a produtividade e reduzir as desigualdades regionais”, disse.

Reconheceu, por outro lado, que o futuro económico de Angola exige coordenação estratégica, que segundo fez saber, exige que o Estado continue a investir em infraestruturas essenciais, para permitir que o sistema financeiro avance para uma nova fase de inovação, eficiência e inclusão e que o sector privado fortaleça a sua capacidade produtiva.

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