Economia
Sector alimentar cresceu pelo menos 18 por cento em 2024, diz ministro Massano
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, apesar da taxa ainda ser alta, as importações de alimentos estão a cair de forma acentuada no país, devido ao aumento da produção interna.
José de Lima Massano avançou ainda esta quarta-feira, 03, aquando da segunda edição do “Conversas Economia 100 Makas” que só no ano passado, o sector alimentar cresceu pelo menos 18 por cento.
O governante revelou que ainda que, entre 2022 e 2023, as importações de alimentos caíram 33 por cento, e que já no ano passado caíram mais 6 por cento.
Garantiu que os apoios ao sector produtivo vão continuar e apelou aos empresários a fazerem a sua parte.
José de Lima Massano lançou o convite ao sector privado afirmando que “precisamos de capacidade para empreender”.
Sobre o economista José Lumbo acredita que o crescimento do sector alimentar seja em termos nominais, justificando que do ponto de vista real ainda se continua a verificar uma procura excessiva por parte da população dos produtos alimentares, pelo que reitera a massificação urgente da produção interna.
Para José Lumbo o encarecimento dos produtos “Made in Angola” deve-se aos custos com a aquisição dos insumos e fertilizantes que chegam a pesar no bolso dos produtores, pelo que defende igualmente a necessidade de se criar formas de se produzir internamente estes insumos agrícolas.
Já o economista José Macuva afirmou que o encarecimento dos produtos e bens e serviços em angola, é fruto do monopólio do mercado, do mercantilismo que na sua visão não é um sistema económico com tal, por visar apenas a privilegiar “um certo grupo” muitas vezes político.
José Lumbo disse ainda que o país terá apenas sinais positivos assim que massificar a produção tanto de fertilizantes para a redução dos custos com a aquisição dos produtos internos.
O especialista José Macuva avançou, por outro lado, que a ideia da auto-suficiência alimentar “é falsa” pelo facto de não termos uma indústria tão bem consolidada capaz de fornecer bens ou serviços na quantidade e qualidade que merecem os produtos.
José Lumbo disse ainda que, o país vai chegar num estágio em que a escala produtiva vai aumentar consideravelmente, pelo que reafirma a urgência na massificação da produção interna.