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“Se a UNITA tomasse o poder em 1980 Angola estaria numa ditadura até hoje”, diz MUN

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O presidente do Movimento de União Nacional (MUN), Karl Manuel Mponda, falou, neste fim-de-semana, na sua página no Facebook, sobre aquilo que considera a “verdade” sobre a democracia em Angola e no continente africano. O político disse ainda que se a UNITA tomasse o poder nos anos 80, em que ainda não sopravam os ventos da democracia em África, “Angola nunca teria se tornado uma democracia e não teriam saído mais do poder até hoje”.

Para o líder do MUN, os ventos da democracia só começaram a soprar em Angola e em toda a África no início dos anos 90 com a queda do gigante bloco soviético/comunista, que se designou (Perestroika) e tendo, a partir daí, os EUA se tornado na única potência mundial, foi impondo paulatinamente a democracia nos países e regimes que eram seus aliados em África (que eram todos ditadores, como o regime do Mobutu, do Zaire, aliado dos EUA e vários outros), bem como nos países/regimes que eram outrora aliados da União Soviética (como Angola, Moçambique e outros).

De acordo com Karl M. Mponda, o ex-presidente José Eduardo dos Santos e o MPLA se renderam aos novos ventos que sopraram após a queda do Bloco Comunista e o fizeram porque não tinham outra opção senão cooperarem com a potência americana. Os que em África se recusaram a aceitar os novos ventos da democracia, tiveram um fim trágico, como Mobutu e ironicamente o Dr. Savimbi.

O político diz ainda que se a UNITA tomasse o poder nos anos 80 teria se transformado num regime semelhante ao do Uganda, do Presidente Museveni, que chegou igualmente ao poder nos 80 e instaurou uma ditadura que dura até hoje, disfarçada de democracia.

O político defende assim, que nenhum partido angolano deve se “gabar” que trouxe a democracia em Angola porque contradiz com os factos históricos. Ainda, de acordo com o político, a “história de Angola deve ser contada na perspectiva da verdade e da história sem propagandas políticas e para ser assim, na visão defendida pelo político, só será possível caso uma força que não tenha participado no conflito armado chegue ao poder para não deturpar a história de Angola”.




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