Economia
Schlumberger: sindicato pede intervenção do Governo para mediar a greve
O Sindicato das Indústrias Petro-Químicas e Metrológicas de Angola (SIPEQMA) pediu, nesta terça-feira, 15, a intervenção dos ministérios dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás e do Trabalho para mediar as negociações entre os trabalhadores e a direcção administrativa da Schlumberger, que levou à paralisação e suspensão dos serviços há uma semana. Também pedem apoio para impedir o despedimento dos trabalhadores grevistas.
O pedido de intervenção por parte da direcção da Inspecção Geral do Trabalho (IGT) e do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás foi feito, na manhã desta terça-feira, 15, em conferência de imprensa, em Luanda, pelo secretário geral do Sindicato das Indústrias Petro-Químicas e Metrológicas de Angola (SIPEQMA), Luís Manuel, após terem feito o balanço da greve que continua, apesar da medida cautelar remetida pela direcção da Schlumberger deferida pelo Tribunal de Luanda.
O sindicalista afirmou que não irão recuar e a greve continua por tempo indeterminado.
Conforme havíamos noticiado, na passada terça-feira, 8, a greve que se assiste em Luanda e nas demais províncias, visa exigir reajuste salarial de acordo com o câmbio actual e melhores condições de trabalho.
De acordo com Luís Manuel, durante o decorrer da greve já houve duas negociações entre a parte governamental, a direcção administrativa da Schlumberger e o sindicato, que infelizmente não teve efeito desejado. Passando uma semana, o sindicato volta a apelar ao Estado angolano, para mediar o conflito.
Segundo o responsável sindical, já estão no território nacional quatro dos tantos outros expatriados para substituírem os nacionais que reivindicam.
Luís Manuel denunciou ainda que os trabalhadores estrangeiros nas empresas petrolíferas no país ganham dez vezes mais do que um nacional.
Por outro lado, disse ainda que a empresa “está vaidosa e sem interesses de resolver os problemas dos trabalhadores porque, suspeita que haja uma mão invisível ou que estejam a subordinar quem teria interesse de mediar na resolução deste imbróglio”.
O SIPEQMA diz que esta reivindicação atingiu um nível incontrolável porque, segundo eles, são várias outras empresas do ramo petrolífero que se revêem nela, tendo anunciado que nos próximos tempos outras empresas também poderão decretar greve pelas mesmas causas, exigir “reajusto salarial de acordo com o câmbio no mercado normal”.
Trabalhadores da Schlumberger paralisam os serviços e manifestam-se hoje