Sociedade
Schlumberger leva Sindicato das Indústrias Petro-Químicas e Metrológicas ao tribunal
O presidente do Sindicato das Indústrias Petro-Químicas e Metrológicas de Angola (SIPEQMA), João Ernesto Pedro, disse, nesta terça-feira, 28, que a queixa-crime apresentada pela petrolífera Schlumberger, não passa de uma “dança de carnaval” que a empresa quis fazer dentro do tribunal. O sindicalista fez estas afirmações à imprensa, após ter saído da auscultação no Tribunal da Comarca de Belas, em Luanda, entre os membros dos sindicatos e os dirigentes da Schlumberger.
Segundo o presidente da SIPEQMA, a empresa informou ao sindicato que interpôs uma providencia cautelar junto do Tribunal para reconciliação, para espanto dos sindicalistas, os advogados e dirigentes da Schlumberger, na auscultação, dizem que “estamos aqui para obrigar o sindicato a dizer que essa greve é licita ou ilícita”, disse e acrescenta que se da parte do SIPEQMA assumisse que a reivindicação é ilícita, no entender dos causídicos da petrolífera fechariam um acordo.
Das várias acusações feitas pela Schlumberger consta a perda de bens vandalizados avaliados em 96 milhões de kwanzas. Para espanto do sindicato, entre os trabalhadores arrolados no processo de agitadores da greve, consta o cidadão Fernando Mendes já falecido há vários anos.
João Ernesto Pedro fez saber que os trabalhadores da Schlumberger exigem que os seus pagamentos em dólares sejam convertidos ao câmbio actual do Banco Nacional de Angola e não de acordo com o câmbio de há vários anos. A reivindicação, de acordo com o sindicalista, já dura desde 2014.
SIPEQMA acusou a Schlumberger de estar a despedir trabalhadores envolvidos na organização da reivindicação e de se recusar a negociar. Afirmando que a audiência no tribunal não teve efeito desejada entre as partes, por que segundo Pedro os trabalhadores exigem reajusto cambial.
O responsável sublinhou que também poderão apresentar um queixa-crime contra a empresa petrolífera dada as gravidades das acusações.
Após a audiência de quase uma hora, o Correio da Kianda tentou contactar os advogados da Schlumberger, mas sem sucesso.