Politica
Sanções da ONU obriga Angola a deportar Norte-coreanos
O secretário de Estado das Relações Exteriores, Téte António, testemunhou no aeroporto internacional “4 de Fevereiro” o embarque do primeiro grupo de 55 norte-coreanos que trabalharam nas obras de construção de monumentos em Angola.
Téte António esclareceu que foi “coincidência” o facto de o contrato dos expatriados daquele país ter terminado numa altura em que as Nações Unidas pediram a Angola o cumprimento da Resolução 2371, do Conselho de Segurança, que impõe sanções a empresas norte-coreanas.
“São trabalhadores ligados à construção civil. Estão em fim de contrato. Temos obrigações internacionais para cumprir e estamos cientes disso”, esclareceu Téte António.
O secretário de Estado das Relações Exteriores, Téte António, esclareceu ainda que não existem conflitos entre a aplicação em território nacional de convenções internacionais com os acordos de cooperação que Angola tem com a Coreia do Norte.
“Não há conflito porque a resolução é específica. Esta cooperação não entra em contradição com a decisão do Conselho de Segurança. Cumprimos sempre as obrigações internacionais”, disse Téte António.
Em Angola, estão 153 norte-coreanos ao abrigo de acordo de cooperação no domínio da construção civil e já construíram vários monumentos, entre os quais o do Fundador da Nação e primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, no Largo Primeiro de Maio, em Luanda, o Monumento da Batalha do Cuito Cuanavale, a estátua da Rainha Ginga, em Malanje, o Monumento à Paz, no Moxico, e a Praça da República (mausoléu), em Luanda.