Destaque
Samakuva reitera o compromisso da UNITA com a paz e democracia
O político discursava num acto de massas alusivo ao 51º aniversário do partido que lidera.
Isaías Samakuva reiterou a irreversibilidade da paz e enfatizou que pretende fazer parte da construção de um Estado democrático e de direito.
Isaías Samakuva sublinhou que, nos últimos 15 anos, o seu partido sempre se bateu para que todos os angolanos vivam como irmãos e que o passado de guerra seja enterrado e esquecido.
“ Neste contexto, a UNITA é uma força política comprometida com a paz em Angola, a qual deve assentar, acima de tudo, no bem estar de todos os cidadãos angolanos e na sua dignificação como seres humanos”, afirmou.
No seu discurso, de cerca de duas horas, Isaías Samakuva defendeu que, para se sair da crise conjuntural que a Angola vive, torna-se necessária uma reestruturação da economia nacional, não bastando apenas diversificá-la.
Disse que “o crescimento económico deve assentar no desenvolvimento do homem e nas suas qualidades adquiridas ao longo dos anos”.
Samakuva prometeu que, se for eleito, tomará, como primeira medida, a convocação de todos os quadros nacionais, para, em conjunto com as estruturas do executivo, traçarem as estratégias para o desenvolvimento do país.
“Nós queremos lutar por uma mudança com um novo rumo, onde se melhorem os serviços de saúde, a educação, em que todas as profissões sejam aproveitadas e cada um possa ganhar o seu sustento de forma digna”, realçou.
De igual modo, Isaías Samakuva defendeu a valorização dos antigos combatentes e dos militares e agentes da polícia nacional.
Enalteceu o seu papel na defesa da integridade territorial de Angola e na manutenção da ordem e tranquilidade públicas.
O líder da segunda força política angolana criticou as políticas do Executivo concernentes à dívida púbica, ao mesmo tempo que defendeu mudanças radicais na execução do Orçamento Geral do Estado.
Isaías Samakuva chamou ainda a atenção para as questões do abastecimento de água e energia eléctrica, a habitação e a corrupção.
Considerou a corrupção de um mal que deve ser combatido com urgência, pois a mesma mina a convivência pacífica e harmoniosa entre os cidadãos e contribui para o enriquecimento ilícito de uns e o empobrecimento da maioria da população.
O presidente da UNITA apelou a todos os cidadãos que ainda não se registaram a aderirem ao processo nas suas diversas etapas.
“ Só nos registando e participando nas diversas fases do processo eleitoral, que nos conduzirão até ao dias das eleições, é que poderemos contribuir para a mudança desejada neste país”, afirmou.
A UNITA foi fundada em 13 de Março de 1966, na localidade de Muangai, província do Moxico, por Jonas Savimbi e outros jovens que a ele se juntaram.
Angop / Correio da Kianda