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Rússia “sem esperança” com resultados das eleições francesas

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“A Rússia não está a depositar muita esperança no resultado das eleições parlamentares francesas para melhorar as relações entre os países”, disse, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a agência de notícias russa, TASS.

Nas eleições deste domingo, 07, a coligação de esquerda alcançou entre 177 e 198 lugares na Assembleia Nacional enquanto a aliança centrista do Presidente francês, Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar, com 152 a 169 lugares, o que mantém em aberto a formação do novo governo de França, já que nenhum dos blocos que concorreram às eleições legislativas antecipadas alcançou a maioria absoluta.

“Para a Rússia, é definitivamente melhor se essas forças políticas saírem vitoriosas que apoiariam os esforços para restaurar nossas relações bilaterais. Mas até agora não vemos uma vontade política claramente expressa para isso em ninguém. Então, não alimentamos grandes esperanças ou ilusões a esse respeito”, respondeu, quando perguntado se o Kremlin vê a vitória das forças de esquerda na França como melhor do que uma vitória de direita teria sido.

O terceiro maior partido mais votado foi o de direita Rally Nacional, com 143 legisladores. O primeiro-ministro francês Gabriel Attal disse que renunciaria esta segunda-feira, enquanto o líder do Partido Socialista, uma das formações da Nova Frente Popular (NFP), afirmou que a escolha do novo representante vai ser feita “esta semana”.

Macron e NATO 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apresentar-se-á na cimeira da NATO como cumpridor das metas da Aliança para investimento em defesa, mas com o seu poder internamente debilitado pela perda da maioria parlamentar.

A lei de programação militar 2024-2030 previa que esta meta fosse cumprida até 2025, com 413 mil milhões de euros em gastos nos próximos seis anos, para elevar o orçamento anual para 68 mil milhões de euros (mais 3 mil milhões por ano). Este orçamento será distribuído tendo em conta a adaptação às ameaças em evolução e tecnológicas.

O objectivo foi adiantado tendo em conta o conflito na Ucrânia com a invasão russa, já que a França tem sido um dos maiores aliados de Kiev, que pediu uma aceleração das entregas prometidas pelo Ocidente devido à falta de munições no campo de batalha.

O presidente francês Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas para a legislatura em 09 de Junho, após a derrota da coalizão presidencial nas eleições para o Parlamento Europeu. O primeiro turno das eleições foi realizado em 30 de Junho.




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