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Rússia alerta para “consequências inimagináveis” após visita de Zelensky aos EUA
O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, criticou os Estados Unidos da América pelo facto de a administração Biden ter recebido em visita, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Washington, e anunciado novos apoios norte-americanos a Kyiv. O diplomata relembrou os avisos que o Kremlin já tinha feito sobre a ida de Zelensky aos EUA.
Antonov acusou, citado pela agência TASS, as “acções provocadoras” de Washington e considerou, sobre o envio de mísseis Patriot para a Ucrânia, que os ucranianos “não têm especialistas para trabalhar com eles”. “Portanto, vão recorrer a especialistas norte-americanos? Ou cidadãos de outro país da NATO? “, continuou o embaixador, ameaçando: “Acho que toda a gente percebe perfeitamente o destino que o pessoal que vai trabalhar com estes mísseis pode enfrentar.”
As consequências da “escalada” que as “ações provocadoras” dos EUA podem ter “não são nem sequer imagináveis”, considerou Antonov, garantindo que o Kremlin tem “repetidamente” tentado “apelar ao senso comum”.
Na quarta-feira, Volodymyr Zelensky foi recebido, em Washington, pelo governo norte-americano, que prometeu um pacote de apoio a Kyiv de 1,75 mil milhões de euros.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia já resultou na fuga de mais de 14 milhões de pessoas, das quais 6,5 milhões são deslocados internos e mais de 7,8 milhões fugiram para países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.