Politica
“Revús” acusados de vender manifestação por AKZ 7.5 milhões
Circulam nas redes sociais conversas entre membros do autodenominado Movimento Revolucionário (“revús”) dando conta da venda da manisfestação, inicialmente agendada para este sábado, 26, por um valor de Kz 7.500.000,00 (sete milhões e quinhentos mil kwanzas) e justificam o negócio com a frase segundo a qual “não se faz revolução com fome”.
Informações confirmadas pelo Correio da Kianda dão conta que quatro dos elementos do grupo de “revús” são acusados de estar por trás das negociações, de que os mesmos já terão recebido na quinta-feira, cinco milhões de kwanzas, estando a aguardar pela recepção dos Kz 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil kwanzas), valor que deverá ser liquidado ainda esta sexta-feira.
Na conversa trocada por dois deles, pode ler-se a existência de um compromisso de receber os valores. “Tem que dar, se não comemos os 5.000.000 e saímos mesmo assim”, responde, quando questionado por outro “mano” que se mostrava desconfiado sobre o cumprimento da promessa de pagamento.
As referidas conversas atribuem ao MPLA de Luanda e referem que o outro interlocutor do negócio é um membro da equipa do Primeiro Secretário Provincial do MPLA em Luanda, Bento Bento.
As revelações de negociações de manifestações por parte dos “revús” dão ainda conta de que têm recebido valores da UNITA sem, no entanto, especificar os fins. Entretanto, referem que o dinheiro que têm recebido da “Sovismo é pouco e exige mais sacrifício”.
“E dessa vez são 7.500.000 vai dar para resolver muitas das nossas cenas. Também não se faz revolução com fome”, festeja um dos ‘revús’ nas mensagens trocadas.
Entretanto, nesta quinta-feira, membros do autodenominado Movimento Revolucionário realizaram uma conferência de imprensa a anunciar o cancelamento da pretensa manifestação, seguido de um pedido de desculpas, entretanto, aceitas pelo Presidente da República, João Lourenço, que fez publicar uma nota de reconhecimento e aceitação do pedido, conforme se pode ler nas páginas oficiais da Presidência e do Presidente da República.
De recordar que é a segunda vez que os membros do Movimento Revolucionário são acusados de receberem dinheiro para cancelarem uma manifestação.
João Lourenço congratula-se com cancelamento da manifestação dos “revús”