Reviravolta. Isabel dos Santos volta a ter direito de voto na Nos

Por decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, revelada esta segunda-feira, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMV), a empresária angolana Isabel dos Santos volta a ter direito de voto na operadora de telecomunicações Nos, através da participação de 26% da Zopt, detida por si e pela Sonaecom.

Em comunicado, divulgado pela CMVM, é possível acompanhar o mais recente desenvolvimento desta situação. Ou seja, primeiro, “nos termos do comunicado efetuado a 4 de abril de 2020, a Sonaecom, SGPS, S.A., detentora de 50% do capital da ZOPT, SGPS, S.A. (doravante ZOPT), informou da comunicação do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, recebida por esta sua participada, relativa ao arresto preventivo de 26,075% do capital social da NOS, SGPS, SA (doravante NOS), correspondente a metade da participação social na NOS detida pela ZOPT “e, indiretamente, pelas empresas Unitel International Holdings, BV e Kento Holding Limited”, controladas pela Eng.ª Isabel dos Santos”.

Logo, perante a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, “nos termos da referida comunicação, as ações arrestadas ficaram privadas do exercício do direito de voto”, pode ler-se também no comunicado.

Agora, mais precisamente desde o dia 12 de junho de 2020, a ZOPT foi notificada do um novo despacho proferido pelo Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, “que a autoriza a exercer o direito de voto correspondente aos 26.075% do capital social da NOS preventivamente arrestados à ordem do referido Tribunal”, remata o documento.

Importa recordar que o arresto da participação da empresária Isabel dos Santos em várias empresas portuguesas foi ordenada pelo juiz Carlos Alexandre, no seguimento do processo apelidado de ‘Luanda Leaks’.

Executive Digest