Economia
Retirada das subvenções é medida “muito dura para as famílias angolanas” – economista
O anúncio esta semana, pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, do estudo que está a ser feito pelo governo para a retirada das subvenções a vários serviços é, segundo o economista Marlino Sambongue, uma “medida muito dura para as famílias angolanas”.
Na reacção ao Correio da Kianda, o economista Marlino Sambongue começou por afirmar que do ponto de vista da teoria económica e de política económica a retirada da subvenção aos preços aos bens e serviços vai representar um aumento desses bens, “uma vez que são bens e serviços fundamentais para as empresas e para as famílias, e que poderemos assistir a um aumento a nível geral de preços, provocada por um aumento nos custos de produção para as empresas e de consumo para as famílias”.
“Tal acontecendo, as famílias passarão por momentos de aperto financeiro”, afirmou, aconselhando ser necessária implementação de medidas de mitigação que aumentem o rendimento das famílias para atenuar o impacto dessas medidas.
Entre as medidas de mitigação, Marlino Sambongue apontou “alguma isenção fiscal em sede do Imposto sobre o rendimento do trabalho dos escalões mais baixos, a expansão do programa Kwenda, senhas ou cartão com crédito para os taxistas e camionistas, a actualização salarial dos funcionários públicos e por quê não do salário mínimo nacional”.
Questionado sobre a oportunidade da retirada das subvenções, num momento em que o país enfrenta um momento de austeridade económica, o economista respondeu dizendo que “medida é muito dura para as famílias, mas necessária para a sustentabilidade das Finanças Públicas e por isso entendo que as mesmas devem ser aplicadas de forma gradual sem que se prolongar muito tempo”.
Governo estuda retirada da subvenção ao preço de serviços e produtos diversos