Economia
Resultado das reservas internacionais reflectem sinais das medidas das autoridades, diz economista
O economista José Lumbo disse que os dados sobre as reservas internacionais alcançados pelo país, durante o segundo trimestre deste ano, podem ser interpretados como sinais das medidas políticas do governo, no capítulo da promoção da produção interna, apesar de reconhecer ser um nível não muito animador.
O economista José Lumbo disse que estes dados não podem deixar as autoridades no conforto, mas sim a continuar a promover acções e medidas que visem o aumento dos números tendo em conta resultados maiores já alcançados anteriormente.
As reservas internacionais de Angola fixaram-se em USD 15.660,6 milhões no final do segundo trimestre de 2025, segundo dados divulgados esta quarta-feira, 10, pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
O montante garante uma cobertura de 8,8 meses de importação de bens e serviços, o nível mais alto registado nos últimos trimestres.
O especialista defende por outro lado uma aposta no capital humano, para que o país continue a atingir níveis altos no capítulo da produção.
“É importante que se leve em consideração a formação do capital homem e o seu fomento, para que o país continue sempre a atingir níveis de produção interna e reduzir as importações e conseguirmos exportar bens e aumentar as reservas”, frisou.
O relatório disponibilizado pelo banco central indica ainda que no segundo trimestre deste ano, o saldo da conta corrente foi superavitário situando-se em USD 294,4 milhões, equivalente a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representa uma contracção de 45,4% face ao trimestre anterior.
A conta capital e financeira registou, igualmente, um superávite de USD 238,9 milhões, face ao défice de USD 955,0 milhões registado no trimestre anterior, justificado, de acordo com o Banco Central, pelo desempenho dos fluxos líquidos do investimento directo.