Politica
Resolução do conflito entre RDC e Ruanda devia envolver sociedade civil, diz analista
O politólogo Almeida Pinto acredita que o adiamento da Cimeira Tripartida sobre a situação de Paz e de Segurança no Leste da República Democrática do Congo, prevista para este domingo, 15, em Luanda, deve-se a falta de condensação de alguns pontos, mas alerta sobre a necessidade de se envolver a sociedade civil das duas partes neste novo método de resolução que se pretende implementar.
O especialista louvou, igualmente, os esforços levados a cabo pelo Presidente João Lourenço. Para o especialista, este é o momento de os dois países encontrarem formas de por fim ao conflito.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MIREX), a cimeira tripartida com a República Democrática do Congo e o Ruanda foi adiada para se dar lugar a um maior aprofundamento da negociação entre as partes.
No domingo, o Presidente João Lourenço, medianeiro indigitado pela União Africana para o Conflito no Leste da RDC, efectuou consultas com o Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e o ex-Presidente Uhuru Kenyatta, do Quénia, facilitador para o mesmo processo de paz por incumbência da Comunidade dos Estados da África Austral.
“A cimeira tripartida foi adiada, apesar do acordo entre as partes ter sido negociado a 99 por cento”, disse Téte António, e acrescentou, por outro lado, que há ainda divergências no ponto de vista do tratamento relacionado com o método de negociação com o M23.
O governante assegurou que a primeira questão chave do processo representa o desengajamento das forças, sendo que a segunda, a neutralização das FDLR, enquanto a terceira está relacionada com o grupo M23, que tem sido objecto de divergências entre as partes.
Escute as declarações no Jornal da Rádio Correio da Kianda