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Renúncia do primeiro-ministro francês transmite imagem de um poder em colapso, diz analista
O especialista em relações internacionais, Adalberto Malú, disse hoje, 06, à Rádio Correio da Kianda, que a renúncia do primeiro-ministro, Sebastien Lecornu, transmite politicamente a imagem de um poder em colapso, passando uma ideia de que o governo está sem bússola.
O primeiro-ministro francês, Sebastien Lecornu, apresentou hoje, 06, o seu pedido de demissão a Emmanuel Macron, há menos de um mês, mais precisamente a 9 de Setembro deste ano quando assumiu o cargo, de acordo com a imprensa local.
A imprensa local avança que o presidente francês já aceitou, segundo informa o Palácio do Eliseu em comunicado.
Para o especialista, este novo episódio pode forçar um cenário de “asfixia política”, forçando o Presidente Macron a uma remodelação completa.
Adalberto Malú disse por outro lado que juridicamente, Macron está seguro no poder, mas politicamente está encurralado, e avizinha-se uma crise de legitimidade do que uma queda formal do Presidente francês.
O chefe do governo gaulês estava sob fogo cruzado das críticas da oposição e da direita depois de ter revelado, no domingo à noite, parte da sua equipa governamental.
De acordo com o agora primeiro-ministro demissionário francês, Sébastien Lecornu, a sua renúncia ao cargo que assumiu a 9 de Setembro deste ano, foi motivada por “faltas de condições” para exercer o cargo.
Em declarações na manhã de hoje, 06, o governante francês, afirmou que a tarefa de governar o país “é difícil neste momento”, não tendo por isso reunido as condições para que o conseguisse fazer”.
O primeiro-ministro demissionário reconheceu que tem “falado pouco nas últimas semanas, porque estava mais empenhado em construir um caminho com os parceiros sociais”.
Sébastien Lecornu é o quarto primeiro-ministro nomeado no último ano por Emmanuel Macron, depois de o seu antecessor ter sido deposto pelo parlamento dividido pelas propostas de cortes na despesa pública.
