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Relatório alerta para aumento da “varíola dos macacos” em África
Um relatório divulgado esta quarta-feira, 31, pelos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África), afirma que as infecções por vírus Monkeypox, conhecido por “varíola dos macacos”, aumentaram 160% no último ano, alertando para o elevado risco de propagação por falta de tratamentos ou vacinas eficazes no continente.
De acordo com as autoridades sanitárias foi detectada a varíola dos macacos em dez países africanos este ano, sendo o Burundi e o Ruanda com registo de casos do vírus pela primeira vez.
A República Centro-Africana foi a primeira a confirmar um novo surto na segunda-feira, afirmando que se estendia à sua capital densamente povoada, Bangui.
O ministro da Saúde Pública da República Centro-Africana, Pierre Somsé, já manifestou a preocupação do país face aos casos de “varíola dos macacos”.
Segundo os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças, dos mais de 14.000 casos notificados, mais de 96% dos casos e mortes ocorreram na República Democrática do Congo.
Refere que no início deste ano, os cientistas mencionaram o aparecimento de uma nova forma de varíola numa cidade mineira congolesa que, receavam que poderia propagar-se mais facilmente entre as pessoas.
O CDC África afirmou que a taxa de mortalidade, que é de cerca de 3%, “tem sido muito mais elevada no continente africano do que no resto do mundo”.
Cerca de 70% dos casos na RDC ocorrem em crianças com menos de 15 anos, que são também responsáveis por 85% das mortes, e o número de mortes em todo o continente aumentou 19% desde o ano passado. Estima o CDCAfrica