Economia
Redução das taxas de juro deve-se a evolução dos indicadores macroeconómicos – BNA
De acordo pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a redução das taxas de juro de política justifica-se, por um lado, pela evolução favorável dos principais indicadores macroeconómicos, com destaque para a desaceleração consistente da inflação e, por outro lado, por uma avaliação dos indicadores monetários que sinalizam menores pressões inflacionistas no curto prazo.
A informação consta do comunicado da 126ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) reunido nos dias 17 e 18 do corrente mês, na cidade do Dundo, província da Lunda Norte, decidiu reduzir a Taxa BNA de 19,0% para 18,5%.
Aquele órgão decidiu igualmente, reduzir a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 20,0% para 19,5%, e reduzir igualmente a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez de 17,0% para 16,5%.
Para o Comité de Política Monetária do BNA, o contexto macroeconómico internacional continua caracterizado por incertezas, resultante da persistência de tensões comerciais e geopolíticas, do crescimento económico moderado e desinflação das economias.
“De acordo com as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas em Outubro, a economia mundial poderá crescer 3,2% em 2025 e 3,1% em 2026. Relativamente à inflação, estima-se que se venha a situar em torno de 4,2% em 2025 e 3,7% em 2026” refere aquele.
O Banco Central sinalizou por outro lado que “a taxa de inflação manteve a sua trajectória de desaceleração, destacando-se para o efeito o seguinte, a inflação mensal fixou-se em 0,93% em Outubro de 2025, face a 1,01% observado em Setembro.
A classe de Alimentação e Bebidas não-Alcoólicas contribuiu com 0,64 pontos percentuais e representou 68,52% da inflação total, sendo que a inflação homóloga situou-se em 17,43%, face aos 18,16% do mês anterior.
Para o BNA, a tendência de desaceleração da inflação deverá manter-se até ao final do ano, tendo em conta o nível de liquidez adequado à actividade económica, à maior disponibilidade de produtos de amplo consumo e à relativa estabilidade cambial.
No domínio monetário, a Base Monetária em moeda nacional contraiu 0,25% no mês de Outubro, levando a contracção acumulada e homóloga para 7,92% e 8,36%, respectivamente.
Por sua vez, o agregado monetário M2, em moeda nacional, expandiu 1,13%. As variações acumuladas e homólogas fixaram-se em 13,16% e 11,75%, respectivamente, reflectindo o crescimento do crédito à economia.