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Reconstrução de Cabo Verde após enxurradas orçada em mais de Kz 36 mil milhões

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O Governo de Cabo Verde apresentou um plano de intervenções após as enxurradas de 11 de Agosto, que mataram nove pessoas, na ilha de São Vicente, numa tempestade que também afectou Santo Antão e São Nicolau.

A lista de obras, publicada em Boletim Oficial, foi apresentada pelo ministro das Infraestruturas, Vítor Coutinho, e inclui trabalhos de emergência e recuperação de infraestruturas orçados em 3,8 mil milhões de escudos (36.149.126.400,00 de kwanzas).

“Entre os danos mais relevantes, destacam-se os registados nas redes de estradas, redes de electricidade, água e saneamento”, lê-se no documento oficial citado pelo Jornal de Angola nesta segunda-feira.

Os trabalhos devem arrancar de imediato e a execução de algumas das obras deve prolongar-se até ao próximo ano. Apesar de a quase totalidade das verbas ser destinada a São Vicente, são também contempladas as ilhas de Santo Antão e de São Nicolau, igualmente afectadas pela tempestade tropical.

Além de obras de emergência, o plano prevê também intervenções de médio e longo prazos em infraestruturas de resiliência que, de acordo com a notícia, serão “objecto de estudo técnico prévio” para criar sistemas de drenagem pluvial, controlo de cheias e gestão integrada de bacias, além de redes de serviços básicos mais resistentes à chuva.

Entretanto, trimestralmente deverá ser submetido à apreciação do Conselho de Ministros um relatório sobre a execução das acções.

Lembrar que no dia 11 de Agosto as cheias provocadas pelas chuvas atingiram bairros, destruíram estradas, pontes e estabelecimentos comerciais, afectaram o abastecimento de energia e provocaram nove mortos, na ilha de São Vicente. Duas pessoas continuam como sendo desaparecidas.

Nas ilhas de Santo Antão e São Nicolau, a tempestade também provocou inundações, derrocadas e destruição de infraestruturas.

O Governo cabo-verdiano declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau, aprovando um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e às actividades económicas, através de linhas de crédito bonificado e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência.

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