Sociedade
Recluso aproveita ida à Clinica Girassol para Pôr-se em fuga
Um recluso de 49 anos escapou na manhã desta quinta-feira, na Clinica Girassol, em Luanda, onde se encontrava no momento em que foi encaminhado para fazer análises clínicas, sob vigilância de guardas prisionais.
Higino Duarte Regalo, também conhecido por “advogado Pablo”, foi condenado a 10 anos de prisão maior por práticas de crimes de furto, tráfico de drogas, falsificação de documentos e abuso de confiança.
O recluso, que cumpria a pena no estabelecimento prisional de S. Paulo, fugiu às 9 horas de quinta-feira, numa altura em que a clínica realizava o I Congresso de Oftalmologia. Segundo o porta-voz, o recluso fazia-se acompanhar de guardas prisionais e fugiu no momento em que foi encaminhado para fazer análises clínicas.
Em entrevista ao JA, o porta-voz dos Serviços Penitenciários, Menezes Cassoma explicou que, em algumas unidades não penitenciárias, as medidas internas não facilitam o cumprimento escrupuloso das normas de segurança, devido à fragilidade da estrutura arquitectónica.
Esta situação, acrescentou, contribuiu para a fuga de Higino Regalo. Sublinhou que há médicos que não permitem que o recluso seja acompanhado por agentes dos Serviços Penitenciários.
“Por norma, quando se trata de um cidadão privado de liberdade, o procedimento é mantê-lo sob controlo cerrado, mas, infelizmente, em algumas unidades sanitárias aonde levamos os reclusos, somos confrontados e os médicos, por uma questão de privacidade, não permitem que os guardas estejam ao lado”, referiu. Menezes Cassoma disse que foi movido um inquérito aos agentes que acompanhavam o recluso para se apurar se houve ou não falha no sistema de segurança.
“Se constatarmos que houve falha, as pessoas implicadas serão responsabilizadas”, garantiu.
Lembrou que as normas prevêem que quando os hospitais do Serviço Penitenciário não tiverem determinados serviços, os reclusos podem ser levados para outros hospitais.