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Politica

Reclamações do PRA-JA sobre incumprimento de acordo com UNITA revelam dependência, diz analista

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O cientista político Eurico Gonçalves entende que assuntos financeiros dos partidos que integram a Frente Patriótica Unida devem ser tratados de forma interna e que não é salutar, sob pena desta plataforma não conseguir alcançar os seus objectivos do ponto de vista estrutural e conjuntural.

“Estes pronunciamentos, como os feitos mais recentemente pelo PRA-JA não é salutar para que a FPU possa consolidar os seus objectivos. Esses pronunciamentos devem ser tratados à nível interno como foram tratados os acordos inicialmente de forma nível interna. Devem merecer uma solução interna à nível da liderança da própria FPU”, disse

O também comentador da Rádio Correio da Kianda defendeu ser necessário que os entes que compõem a FPU tenham como prioridade o interesse pelos factos.

“O actual cenário político exige por parte dos actores políticos uma aptidão ao pormenor. Por isso, é recomendável que as partes do FPU trabalhem a  fim de ultrapassarem esta situação”, avançou.

Em causa está a publicação feita pelo Correio da Kianda, citando uma fonte bem posicionada da Frente Patriótica Unida, que revelou que a relação entre o “Galo Negro”, de Adalberto Costa Júnior, e o “Azul e Branco”, de Abel Epalanga Chivukuvuku, vai entrar em rota de colisão, por alegado incumprimento dos acordos firmados entre a UNITA, e o então projecto político PRA-JA Servir Angola.

Segundo a fonte que temos vindo a citar, o acordo prévia que a organização liderada por Chivukuvuku receberia 20% das receitas, fruto dos resultados eleitorais de 2022, mas, hoje, o PRA-JA só recebe 10% do valor, o que corresponde a 50 milhões trimestral, contra os 100 milhões de kwanzas, com base os valores que a UNITA recebe do OGE, fruto dos resultados do último escrutínio de 24 de Agosto.

Eurico Gonçalves entende, por outro lado, que as reclamações do PRA-JA Servir Angola são indicações sobre falta de aprendizagem e ajustamento, falta de equilíbrio do poder e dependência, bem como a não avaliação da aliança como ferramenta estratégica.

“A plataforma político-social que reconhecemos como Frente Patriótica Unida é resultado da necessidade de colaboração entre vários entes políticos e sociais para servir de uma plataforma com a arte de criar valor, através de parceria para fins eleitorais. Dito isso, os últimos pronunciamentos, estas reclamações são indicações de possível falta desses elementos que caracterizam uma aliança. Pensamos que a liderança da FPU não acordou numa manhã com vontade inexplicável de colaborar, tão pouco é o fazem os estados e as nações. É fruto de acordo, compromissos e estratégias, não é fruto do acaso”, defendeu.

PRA-JA exige Kz 120 milhões trimestral em cumprimento do acordo firmado com “Galo Negro”




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