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RDC critica “reacção tardia e confusa” da União Africana sobre conflito com M23

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Em reacção ao comunicado de imprensa da União Africana, divulgado este sábado, 25, o Ministro da Comunicação e porta-voz do governo da República Democrática do Congo lamentou por, segundo ele, “ser tardio” e conter termos tidos como “confusos”.

Em causa, está o facto da União Africana, em seu comunicado, ter utilizado o termo “oposição político-militar para designar o grupo armado Movimento 23 de Maço (M23), considerado terrorista por Kinshasa”.

“É muito lamentável, por parte do Presidente da Comissão da União Africana, reagir tardiamente, num contexto em que a União Africana, recordo, é quem patrocina a mediação levada a cabo pelo Presidente angolano, João Lourenço. Ela também é quem patrocina a presença do SAMIRDC aqui. A União Africana reage após a União Europeia e outras instituições. Isso é lamentável. E quando decide quebrar o silêncio, volta para semear confusão”, disse Patrick Muyaya, citado pela Rádio Okapi.

Categórico, Muyaya acusou a União Africana de ter cometido o que considera como um “erro de diagnóstico”:

“Em que momento esse movimento terrorista se apresentou como uma oposição político-militar? Isso já é indicativo. Quando você faz um diagnóstico errado, quando você não reconhece o terror de um movimento que tem como alvo as forças de paz, o que constitui um crime de guerra, então há um problema real”, disse.

Segundo análise da Rádio Okapi, as declarações do Presidente da União Africana foram vistas pelo “governo congolês como uma minimização da gravidade dos actos cometidos pelo M23, um grupo armado apoiado por Ruanda e acusado de cometer crimes de guerra, incluindo ataques a civis e capacetes azuis da MONUSCO”.

No documento assinado pelo Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat diz estar a acompanhar “com grande atenção a deterioração da segurança e da situação humanitária no Leste da RDC”.

Mahamat alegou estar a observar “com profunda preocupação as ameaças que tais acontecimentos representam para os esforços incansáveis ​​e significativos empreendidos no âmbito do Processo de Luanda, liderado pelo Presidente João Lourenço”.

“Expresso apoio irrestrito a tais esforços, que são a única maneira de resolver a tensão persistente entre a República Democrática do Congo e a República de Ruanda, por um lado, e entre o Governo da RDC e sua oposição político-militar, por outro”, lê-se no documento da organização africana.

Recordar que no próximo mês de Fevereiro, Angola vai assumir a presidência rotativa da União Africana, tendo o combate ao avanço do terrorismo no continente como uma das muitas frentes para a liderança de João Lourenço.

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