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Cultura

Rapper MCK lança álbum “Valores”

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O conceituado rapper e activista cívico MCK comercializou, na manhã deste domingo em Luanda, o seu quarto álbum intitulado “Valores” e não descarta um dia ser candidato a uma eleição em Angola.

O quarto álbum de originais de MCK Katrogi chegou hoje as lojas, com uma sessão de venda e assinatura de autógrafos.

O álbum “Valores” do rapper angolano MCK, conta com a participação entre outros de : Mano Brown, Tassia Reis, Azagaia, Eva rapdiva e foi este domingo (12/08) comercializado na Praça da Família adjacente ao Largo Primeiro de Maio em Luanda.

O músico de intervenção social e crítico ao regime de Angola, juntou vozes sonantes da CPLP como Aline Frazão (Angola), Tassia Réis (Brasil), Mynda’Guevara (Cabo Verde), Shannon (Nova Zelândia), Azagaia (Moçambique), DJ Nel Assassin (Guiné/Portugal), Mano Brown (Brasil), Sambala do Flagelo Urbano, Ikonoclasta ou seja Luaty Beirão e Kool Klever.

Na sua forma bastante inovadora e dinâmica, de acordo com MCK “Valores“ é um álbum para despertar consciências e deveria salvar vidas e resgatar valores e sugerir novos caminhos para Angola.

O Valor imaterial da nossa arte, ajudou-nos a resistir como árvores milenares dos desertos,sobrevivemos a seca sem estrume, resistimos ao frio sem mantas, e vencemos o calor sem água… sempre duros feitos imbondeiros sedentos por chuva…” desabafa.

Na caminhada vimos manos e manas que não resistiram ao assédio do mercado, a imposição do regime, e a ditadura da barriga…

Para o Rapper que já viu concertos seus proibidos e foi impedido de

viajar para o Brasil em 2015, “uns deixaram de rimar a verdade para proteger o pão das crianças e outros abraçaram ritmos e estilos mais badalados para alargar audiência, há ainda quem decidiu virar palhaço para ganhar espaço de antena na Rádio, TV e Internet…” mas “nós escolhemos trilhar um caminho difícil, porém, seguro e duradouro, pois, a fama passa como as nuvens e o respeito fica como os mares, alguns pappers têm preço, nós sempre tivemos VALORES“.

Katrogi Nhanga Lwamba ou simplesmente MCK começou seu protagonismo musical nos anos 90, com músicas de intervenção social e desde aí nunca mais parou, tendo sido muitas vezes convidado para presidir palestras sobre o rap da lusofonia.

Em Março deste ano, por exemplo, o artista foi convidado a prelecionar na Universidade de Coimbra, Portugal, onde proferiu a palestra “O rap navegando entre as mentes: um oceano que liga Brasil e Angola”.

O nome MCK nasce das iniciais Mestre de Cerimónia Katrogi. O jovem também é académico e conta já com duas licenciaturas, sendo uma em Filosofia e outra em Direito.

Katrogi é o diminutivo de “Katrogipolongopongo”, que significa “Paz de Espírito”.

Com três álbuns no mercado: “Trincheira de ideias” (2002) “Nutrição Espiritual” (2006) e “Proíbido Ouvir Isso” ( 2012), o jovem critica os artistas que se limitam-se a cantar alegrias, porque para ele o mundo é feito de contrastes.

 

C/ RFI

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