Politica
Rafael Savimbi mostra-se cauteloso, mas mantém intenção de liderar UNITA, entende especialista
O antigo Secretário-geral Adjunto da UNITA pode ser um dos candidatos à liderança do “Galo Negro”, no XIV Congresso aprazado para finais de 2025. Durante a entrevista que concedeu segunda-feira à Rádio Essencial, o actual Secretário para as Relações Internacionais da maior força política na oposição em Angola, deixou em aberto a sua possível candidatura.
Rafael Massanga Sakaita Savimbi não negou esta possibilidade mas, também não afirmou que entraria na corrida, “escuso-me em fazer comentário neste sentido, em respeito aquelas que são as nossas regras”.
Quanto ao apoio manifestado pelo general na reforma Abílio Kamalata Numa, caso concorra à presidência do partido, Rafael Massanga Savimbi disse que respeita a opinião de Kamalata Numa, com quem já não falava algum tempo, como há outras pessoas que concordam.
O filho do líder fundador da UNITA falou da sua trajectória política e mostrou-se satisfeito onde está o partido hoje. Rafael Massanga reiterou que só depois da reunião da Comissão Política, que será convocada pelo Presidente do partido, Adalberto Costa Júnior, que deverá estabelecer o calendário e, depois de convocado o Congresso, poderá manifestar a intenção de concorrer.
O político disse ainda que há muito tempo para se falar de candidaturas, porque depois das convocatórias, durante seis meses vai se falar somente desse processo, por isso, Massanga, escusou-se falar do assunto em respeito as normas internas do partido.
O cientista político Eurico Gonçalves é de opinião que Rafael Massanga Savimbi está a ser cauteloso e perspicaz, mas, mantém a intenção de liderar a UNITA, tendo em conta o seu potencial e desempenho, e terá de imprimir esse ritmo, se quiser atingir esse objectivo, mas deverá contar com o apoio de especialistas e não de generalistas.
O académico defendeu que a UNITA, sendo uma entidade integrada por pessoas com ideias comuns, pode e deve manter a sua linha de orientação partidária para a sucessão, prosseguir pelos meios democraticamente aceites, para a prossecução do seu objectivo, quer na vertente interna, assim como nas eleições gerais.
Ouça as declarações no Jornal da Noite, da Rádio Correio da Kianda