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Quenianos elegem hoje novo Presidente

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Depois de votarem “vão ter com o vosso vizinho, independentemente de onde ele ou ela venha, da sua tribo, da sua cor ou da sua religião (…) apertem-lhe a mão, partilhem uma refeição e digam-lhe ‘vamos esperar pelos resultados’, porque o Quénia continuará aqui muito tempo depois desta eleição geral”, afirmou o Presidente e candidato à reeleição Uhuru Kenyatta, aconselhando os eleitores quenianos a regressarem às suas casas após a votação desta terça-feira, em declarações citadas pela BBC.

Kenyatta, de 55 anos, está numa disputa renhida com o veterano Raila Odinga, de 72 anos. Já na anterior eleição ele foi o seu principal rival, mas desta feita os índicies de popularidade de ambos apresentam-se especialmente próximos, tornando uma incógnita qual será o resultado final. Apesar da disputa voltar a ser entre os dois, no total há 8 candidatos à presidência. Para um deles ser eleito, precisa de ter mais do que 50% dos votos e pelo menos 25% dos votos em 24 das 47 províncias do Quénia.

Uhuru Kenyatta, que se candidata a um segundo e último mandato, é filho do primeiro Presidente do país, Jomo Kenyatta. Caso seja derrotado, será o primeiro Presidente a não conseguir a reeleição.

Raila Odinga, que se candidata ao cargo pela quarta vez, foi primeiro-ministro entre 2008 e 2013 e o seu pai, Jaramogi Odinga, foi vice-Presidente de Jomo Kenyatta.

Durante a campanha, Uhuru Kenyatta prometeu criar um milhão de empregos e reduzir o custo de vida, enquanto Raila Odinga acenou aos eleitores com o combate à corrupção.

O período de campanha foi marcado pelo ataque à residência do vice-Presidente, William Ruto, no dia 29, e pelo assassínio de Christopher Musando, supervisor do sistema informático da Comissão Eleitoral queniana cujo corpo foi encontrado nesse mesmo dia com marcas de tortura, nas margens de uma floresta dos arredores de Nairobi.

Estes casos fizeram aumentar os receios do regresso da violência associada à disputa política, como ocorreu após as eleições de 2007, que foram seguidas por confrontos que causaram mais de mil mortos e 600 mil deslocados.

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