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“Quénia está a atravessar uma fase difícil na sua história”
O Quénia está a atravessar uma fase difícil na sua história nos últimos dias. A constatação é Mário Gerson, especialista em relações internacionais, quando comentava, esta sexta-feira, 21, no espaço “Visão Global” do programa “Capital Central”.
O analista apontou a recente morte de uma juíza em pleno tribunal e o não crescimento este ano do Produto Interno Bruto do país como elementos deste momento que o Quénia atravessa.
Associa-se a esta situação, as várias manifestações que acontecem na sede do parlamento queniano. Esta quinta-feira, um manifestante foi morto, numa manifestação contra um projecto de lei apoiado pelo Governo para aumentar e introduzir novos impostos. O anúncio foi feito pela polícia local.
De acordo com um relatório da polícia, um homem de 29 anos foi levado para um hospital no distrito comercial central de Nairobi por volta das 17h00 “inconsciente com uma ferida na coxa” antes de “sucumbir” aos ferimentos, sem mais pormenores.
Também a Amnistia Internacional no Quénia confirmou a morte do manifestante, “quando tentava fugir da polícia”.
As manifestações desta semana foram convocadas principalmente por jovens através de redes sociais como TikTok, X (antigo Twitter) ou Facebook e tendem a ter um tom pacífico.
A proposta de Lei das Finanças 2024 do Governo propunha novos impostos, como um IVA de 16% sobre o pão e um imposto de 2,5% sobre os veículos automóveis, bem como um aumento de alguns impostos existentes, como o serviço de transferência de dinheiro por telemóvel.
No entanto, o presidente da Comissão de Finanças e Planeamento da Assembleia Nacional, Kimani Kuria, anunciou, na terça-feira, após uma reunião presidida por Ruto, pouco antes de o projecto de lei ser apresentado, que haverá alterações e que alguns impostos serão eliminados.
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