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Quem é Ossufo Momade, o substituto interino de Afonso Dhlakama?

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Contrariamente ao que esperava, não foram necessários dias de “quebra-cabeça” para que se apontasse o sucessor do recém-falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Ossufo Momade, famoso integrante da ala militar do partido, foi anunciado como o presidente interino.

Ossufo Momade, de 57 anos, é natural da Ilha de Moçambique, provincia de Nampula. Frequentou a escola primária de Luís de Camões na ilha de Moçambique e, após completar o 4º ano em 1973, foi para a escola comercial Pero de Covilhã.

Em 1974, após os acordos de Lusaka, juntou-se às Forças Armadas de Libertação de Moçambique (FPLM) em Nampula, servindo no comissariado político militar antes de se mudar para a área da saúde, onde actuou como secretário particular do director provincial de saúde militar.

Em 1978, foi transferido de Nampula para o centro de formação de pessoal em Inhambane e, no mesmo ano, ouviu na rádio sobre a criação da Renamo. Naquela época, já era o comandante de uma companhia das FPLM.

Momade foi atacado enquanto visitava uma área sob o controle da Renamo, e foi então, em Dezembro de 1978, que se juntou ao partido. Três meses depois, após treinamento militar em Gorongosa e Maringue, Ossufo Momade se juntou à primeira missão na província de Tete, liderada pelo próprio líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

Várias missões seguiram nas províncias de Manica e Sofala. Um ano depois, foi promovido a chefe da secção. No início de 1981, Momade foi promovido a comandante de uma companhia. Trabalhou sucessivamente em Manica e na Zambézia.

Em meados de 1983, foi enviado pelo líder da Renamo para abrir a frente de Nampula e no mesmo ano foi promovido a Major General. Quando começaram os primeiros contactos para as negociações de paz, ele e outros generais foram transferidos para a Casa Banana, em Gorongosa, onde o grupo coordenou o processo.

Em 1992, foi promovido a Tenente General em Maringué. Após a assinatura do acordo de paz, foi designado para supervisionar a Comissão do cessar-fogo.

Em 1993, foi nomeado chefe do departamento de assuntos religiosos e depois transferido para Nampula para liderar o processo de acantonamento militar. Em 1996, foi eleito delegado político provincial de Nampula e mais tarde eleito delegado regional para o norte.

Em 1999, foi eleito deputado da Assembleia da República, onde serve até hoje. E em 2003 foi nomeado chefe do departamento de desmobilização de guerra.

Em 2007 foi eleito Secretário Geral da Renamo, cargo que deixou em 2013, substituído por Manuel Bissopo. Foi então nomeado chefe do departamento de defesa e segurança da Renamo, cargo que ocupou até a indicação para presidente interino do partido, poucos dias após a morte de Dhlakama.

Actualmente frequenta o segundo ano do curso de Direito no Instituto Superior Monitor de Maputo.

 

C/ Moz.life

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