Economia
Privatizações: “qualquer um de nós poderá ter acções na UNITEL e no BFA”
Os 15% que o Estado angolano detém de participação social na Unitel e BFA, vão ser privatizados, em breve, podendo ser transaccionado em Bolsa, tal como se pode ler no Despacho Presidencial n°162 de 23 de Agosto de 2024.
Chamado a comentar, o economista Quingila Hebo explicou ao Correio da Kianda que com a essa privatização, a UNITEL e o BFA são transformados em empresas de capital aberto, podendo ser negociadas em bolsa, o que “significa que qualquer um de nós pode ter acções na UNITEL e no BFA”.
Em Despacho Presidencial, está autorizada a participação de 15% que o Estado angolano detém de participação, através da UNITEL, do capital social do Banco de Fomento Angola.
A referida privatização, de acordo com o Despacho presidencial nº 194/24 publicado no Diário da República Iª Série nº 162 de 23 de Agosto de 2024, deve ser feita por via de oferta pública inicial.
Nos próximos dias, acrescenta o economista, “vai se precificar o valor destes 15% e vamos saber também se os 15% correspondem à quantas acções e o valor de cada acção”.
Quingila Hebo é ainda mais detalhista e recorre a um valor hipotético para exemplificar a sua explicação.
“Se cada acção equivaler a 200 ou 100 mil kwanzas, quem tiver esse valor, quando se abrir as negociações em bolsa, poderá comprar uma acção da Unitel ou do BFA na bolsa. Fica com esta acção até quando também decidir vender”, sublinhou.
Segundo o também ‘ex jornalista’, essa decisão é uma prática comum em outras economias, em que os cidadãos têm também a possibilidade de serem accionistas das empresas e poderem ganhar com os lucros das empresas, a semelhança do que já acontece com o BAI, em que cidadãos comuns têm já estão a ganhar com os lucros em cada divisão dos lucros anuais.
Em relação aos 2% da UNITEL que no Despacho vêm reservados para os trabalhadores e membros dos órgãos sociais, o economista entende que “é uma forma de garantir a boa gestão das empresas e a maior entrega dos colaboradores”.
“Quando um colaborador sabe que ele não trabalha só na empresa, ele também é dono, dá o seu melhor, porque ele quer lucrar mais. Quer no fim do ano a empresa lucre o máximo para ele poder ter também o máximo de rendimento”, disse, acrescentando ser uma óptima medida, por parte do Presidente da República.
Oficial Alberto Quipaca Muangula
29/08/2024 at 7:31 pm
Sim senhor isso é bom
António Gaspar João
30/08/2024 at 10:27 am
Gostria de saber quando começa