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Psicólogo alerta para perigo da proliferação de seitas religiosas no país

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O psicólogo e docente universitário, Carlinhos Zassala, alertou este sábado, 12, em Luanda, para o perigo da proliferação de seitas e denominações religiosas que, segundo o denominado “pai da psicologia de Angola”, em vez de ensinarem crenças, têm instruído o feiticismo aos seus seguidores.

O acadêmico fez tais declarações à margem de um debate promovido pelo Movimento dos Estudante de Angola (MEA), em Viana, que abordou o assunto relacionado com o “Papel dos estudantes no desenvolvimento da sociedade”.

Carlinhos Zassala disse que o impacto do surgimento de inúmeras seitas religiosas em Angola, é negativo, “apesar da religião fazer parte de qualquer cultura no mundo”. Porém, o Estado angolano não deve permitir a actuação de seitas religiosas ilegais, porque, segundo ele, “através dos temas ensinados pelos seus líderes, influenciam no comportamento de um cidadão numa sociedade”.

O professor catedrático diz que muitos destes comportamentos visam desestruturar as famílias, e o próprio cidadão, o que coloca em perigo a sociedade.

O psicólogo relevou que tem conhecimento de algumas denominações religiosas que. “em em pleno domingo ou sábado, fingem ensinar coisas relacionadas com Deus, mas no dia de semana, ensinam “bruxarias” aos seus fiéis”.

“O que se deve ensinar são coisas não reveladas, e não ciências ocultas”, frisou.

O responsável do surgimento do Sindicato dos Professores do Ensino Superior em Angola, enfatizou que “devemos pressionar as autoridades no sentido de não tornarem Angola num corpo inertes, onde cada ‘abutre’ vem pegar seu pedaço”, alertou.

Carlinho Zassala diz não sentir-se orgulhoso em saber que num país como Angola, tem neste momento mais de 5 mil igrejas ilegais. O que não consegue compreender que até agora essas seitas religiosas actuam na normalidade.

“Não devemos seguir exemplo negativo, como da RDC, que tem mais de 270 mil seitas religiosas, e muitas destas denominações religiosas, estão a emigrar para o país. E outros com as suas pregações lesam a moralidade social. Zassala sublinha ainda que “já é tempo das nossas autoridades tomarem peito a este fenômeno”.




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