Politica
“PRS está num estado crítico” – afirma Sapalo António
O político Sapalo António disse, recentemente, em conferência de imprensa em Luanda, que o Partido de Renovação Social “está num estado crítico”, por isso se vai candidatar a sua presidência “para salvá-lo da actual situação”.
Dois anos depois da sua fundação, o Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu eleger, nas eleições de 1992, seis deputados e mais dois no pleito de 2008.
Entretanto, nas eleições que se seguiram, o partido fundado por Eduardo Kuangana perdeu todos os deputados, e consequentemente a vice presidência da Assembleia Nacional, bem como a sua representação na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA).
Na última legislatura, o partido que defende a bandeira do federalismo em Angola, formou o grupo parlamentar misto com a FNLA.
Ao olhar para estes factos, Sapalo António, que anunciou recentemente a sua pretensão de candidatar-se à presidência da formação política em substituição de Benedito Daniel, disse que “o PRS está num estado muito crítico. Essa é a razão de nós, manifestamos a nossa intenção de se candidatar”.
“Depois do congresso, acreditem, o PRS vai ser outro”, sublinhou.
Na justificação, acrescentou que a sua intenção de candidatar-se ao congresso de Abril deste ano, conta com o apoio da massa associativa do partido.
“Muitos militantes e não militantes aconselharam-me que eu me candidatasse. As crises são oportunidades. Estamos morrendo, nós no PRS, são essas críticas. Acreditem, eu se estivesse no lugar da nova direção não me candidataria porque os resultados falam por si”, afirmou.
Referiu ainda que com a sua eleição todos os militantes que se encontram desavindos com o partido hão de regressar, por isso todos devem ter a capacidade de se reencontrar e discutir a unidade do partido.
Chamado a comentar o estado em que se encontra a formação política, o antigo Presidente Eduardo Kuangana afirmou, no espaço O encontro com a história, que se estive no comando do partido nesta altura estaria a governar o país.
Kuangana mostrou-se insatisfeito com a actual gestão do partido.
“Não estou satisfeito porque há muita coisa que está mal… como congregar, primeiro, os jovens, os militantes e a população em geral”, vincou.