Politica
Próximo congresso da FNLA vai “colocar a máquina para funcionar”, consideram militantes
Os candidatos à presidência da Frente Nacional para Libertação de Angola (FNLA), que irão concorrer no quinto congresso ordinário do partido fundado por Hólden Roberto, foram unânimes, em declarações ao Correio da Kianda, neste sábado, ao considerarem que a convenção que elegeu Pedro Dala como presidente da FNLA não passa de “uma peça teatral e de um acto ilegal”.
Fernando Pedro Gomes, um dos candidatos à presidência dos irmãos, disse que aquilo não é um congresso, mas sim uma “reunião dos amigos”, assegurando que o verdadeiro congresso da FNLA será realizado no próximo mês de Setembro, entre os dias 16 e 18, convocada pelo presidente do partido, “que também resulta das recomendações do próprio Tribunal Constitucional”, frisou o político.
O também docente universitário referiu que é necessário que as pessoas não se deixem abalar e garantiu que o congresso vai pôr fim a um conflito interno que dura mais de duas décadas.
“Vai pôr fim em todas as querelas da FNLA e colocar a máquina a funcionar. É isso que todos nós estamos a nos preparar, ao invés de fazer qualquer coisa que não faz sentido”.
Fernando Pedro Gomes disse, por outro lado, após o TC ter dado razão a Pedro Dala, depois de ter sido exonerado do cargo de secretário geral do partido, “em vez de ocupar seu cargo, foi logo realizar um encontro que lhe elegeram como presidente”.
Já o candidato mais jovem à presidência da FNLA, Joveth de Sousa, frisou que é um acto ilegal e que os militantes e membros da FNLA aguardam por um acto legal onde poderá sair o próximo presidente.
O jovem político justifica que o evento que elegeu Pedro Dala não foi convocado pelo actual presidente para realização do tal congresso, não houve as realizações das conferências municipais e provinciais que deveriam eleger os delegados ao congresso, referindo que “aquilo não passou de um teatro apelidado de congresso”.
Joveth disse que o próximo congresso, agendado para o próximo mês, é sim de reconciliação que pretende juntar as diversas alas do partido como a do nacionalista Ngola Kabango, Fernando Pedro Gomes, dentre outras alas, com vista a transparência e harmonia no partido, e “não fazer como fez o Pedro Dala realizar isolada apelidando como congresso da FNLA e ser dito como presidente da FNLA”, considerando como “uma aberração e profanos para o primeiro movimento político no país”.
O aspirante ao cadeirão máximo da FNLA questiona quais são os membros que integraram no congresso dele, “eram apenas duas pessoas ele e uma outra, antigo membro da comissão preparatória do congresso”, disse e acrescenta que “não se deve permitir que ainda exista dirigentes que tentam banalizar assim as estruturas do partido”.