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Protestos na Venezuela deixam onze mortos e 750 detidos

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A Venezuela vive momentos de alta tensão desde as eleições de domingo, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou vencedor o presidente Nicolás Maduro. A oposição do país rejeita, porém, os resultados oficiais declarados, denunciando fraude e garantindo que, na realidade, o candidato opositor Edmundo González venceu com mais de 70% dos votos.

O país foi palco de várias manifestações multitudinárias, fustigadas por opressão violenta das autoridades. Daí resultou a morte de pelo menos 11 pessoas e a detenção de cerca de 750 pessoas, até ao momento.

Ontem, o país anunciou a retirada do seu pessoal diplomático de sete países latino-americanos, em protesto contra a ingerência dos governos que contestam a reeleição de Nicolás Maduro nas presidenciais de domingo, tal como a oposição.

Caracas considera que a posição destes governos, Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai, “mina a soberania nacional” e solicitou que os seus diplomatas abandonem os países, revelou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O executivo venezuelano expressou ainda “a sua mais firme rejeição às acções e declarações intrometidas de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e abertamente comprometidos com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, (…) que tentam ignorar os resultados eleitorais”.

Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, anunciou hoje o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

Maduro obteve 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%), de acordo com os números oficiais anunciados pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso.

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