Sociedade
Protestos estudantis terminam com quatro detidos no Uíge
Pelo menos quatro manifestantes foram detidos nesta terça-feira, 23, no Uíge, depois de completarem dois dias de greve estudantil para exigir a redução dos emolumentos dos exames de recurso, que custam actualmente cinco mil kwanzas, por disciplina, o elevado índice de reprovações, a demissão do reitor da referida instituição, por alegada incompetência e outras más práticas recorrentes no Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) no Uíge – Kimpa Vita.
A porta-voz do Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), Teresa Simão, disse, em declaração ao nosso jornal, que “as forças da ordem empregaram uma força desnecessária usando a Polícia de Intervenção Rápida (PIR) para suprimir o protesto dos estudantes nesta terça-feira”.
“Condenamos duramente essa acção, que não somente viola o código de conduta policial como também interfere na liberdade de expressão dos cidadãos”, afirmou.
Já o representante do movimento estudantil no Uíge, Guimarães Domingos Kanga, denuncia que durante a manifestação, um docente identificado por “Mbala Langa Langa’’, agrediu um estudante. Assegurando que a agremiação estudantil que lidera no Uíge “promete levar o docente até a última consequência”.
O MEA tranquiliza os seus associados a nao se deixarem intimidar, “caso houver onda de perseguições, ameaças ou qualquer situação de natureza intimidatória, o MEA promete levar os seus autores até a última consequência. Aos estudantes, manifestantes, não se deixem ser perseguidos. Qualquer situação denunciem”.
Os estudantes apelam às forças da ordem a não serem instrumentalizados: “a Polícia não deve aceitar ser instrumento de intimidação para proteger os ladrões”, dizem.
Pedro Henrique
25/02/2021 em 11:06 am
Foi uma situação constrangedora que os estudantes viveram, mais é necessário terem calma devido o aproveitamento politico que está a surgir ultimamente.