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Educação Financeira

Prostituição em tempos de crise e como possível adição

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Baixos recursos, de classe média-baixa, na maioria das vezes abandonadas pelos maridos e sem dinheiro para sustentar os filhos. Cerca de um sexto das prostitutas enquadram-se neste perfil, mulheres que foram para a rua com o agravamento dos problemas económicos. Desemprego, emprego com rendimentos baixos, estudantes do ensino médio e universitário, raparigas de bairros pobres. Este bem se pode considerar como o perfil das prostitutas de Angola.

Cada vez mais mulheres recorrem à prostituição como actividade de emergência para combater os problemas económicos. São raparigas e mulheres entre os 13 e os 50 anos, de classe pobre e média-baixa, que vendem o seu corpo de forma esporádica e diária para pagar as despesas.

Prostituem-se de forma esporádica e forma sistemática. Mais ao fim-de-semana ou nalgum evento importante, como um grande jogo de futebol, nas discotecas e bares nocturnos. O princípio ou fim dos meses, alturas em que os pagamentos de contas se concentram, também são períodos delicados. É uma prostituição de emergência, que concretiza o conceito. “Temos três tipos de perspectivas face às prostituição: as mulheres que estão na rua, pura e simplesmente; as que estão na rua, mas que já frequentam espaços de ajuda e reinserção; e as mulheres que recorreram à prostituição recentemente, que fazem da rua um escape.”

Mas nem todas o fazem a título individual, mantendo controlo e autonomia sobre a actividade. Os problemas financeiros trazem muitas vezes por arrasto a fragilização e o apelo das redes de prostituição. O recrutamento de mulheres para a prostituição” – o chamado “game” fica facilitado, elas ficam mais vulneráveis a redes e aos próprios proxenetas. O que parece comum a todas é a vergonha face à sua situação.

E quanto aos homens que algum poder financeiro e não é preciso muito, com muita oferta dos serviços de prostituição, os preços têm baixado muito, levando ao consumo por parte dos homens de qualquer classe social. É uma pena, enquanto homem, que haja homens casados, enamorados e com outros perfis que recorram à prostituição, sendo que muitas vezes sem qualquer protecção sexual. Diga-se que há homens que preferem pagar mais por não usar preservativos (“camisinhas”). Desta forma estão em risco pela sua saúde, gravidezes indesejadas, etc.

Infelizmente, a miséria humana leva à existência do mercado da prostituição de rua, de festas em apartamentos e

moradias e noutros locais. Além de ser crime em Angola, a prostituição esconde muitas realidades das mulheres (maioritariamente, pois também há prostituição masculina), desde pobreza de sentimentos à sua volta, pobreza material, maus tratos, falta de perspectivas profissionais e outras e não tão poucas quanto isso, o «sonho» de enriquecimento rápido por via desta prática.

Homem que gasta dinheiro com prostitutas leva menos dinheiro para casa. O seu prazer coloca em causa a sua família. É injusto. É imoral. É zero de ética. Todo o dinheiro gasto em prostituição que também tornar-se como um vício ou adição, tal como foi escrito nas semanas passadas sobre o álcool, as drogas, o jogo, a prostituição pode arruinar a sua vida familiar e financeira.

Prazer sim, mas dê preferência a ter na segurança do seu lado. Com isso poupa a sua saúde e o seu dinheiro.