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Propagação da cólera em Luanda leva populares à procura massiva de água filtrada

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Angola regista um problema de Saúde Pública, devido ao aparecimento de um surto de cólera, que em cinco dias causou a morte de 18 pessoas, nos municípios de Cacuaco, Catete e Dande, nas províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, respectivamente, a informação foi revelada pela ministra Sílvia Lutucuta.

A governante, que falava no fim de uma reunião da Comissão Multissectorial do plano de combate à doença, decorrida no Auditório do Hospital Geral de Cacuaco “Heróis de Kifangondo”, avançou os dados sobre a doença, que segundo boletim epidemiológico divulgado este domingo, dá nota de um total de 224 casos positivos, 32 dos quais comprovados laboratorialmente, mas dos 12 óbitos apenas um ocorreu no hospital.

Numa ronda feita na manhã deste sábado, a Rádio Correio da Kianda constatou muita enchente e noutros estabelecimentos de venda de água filtrada, pouca capacidade de resposta por conta da procura excessiva.

Alguns populares optam agora por consumir esta água, sustentando ter mais qualidade e melhor segurança, do que desinfectar a água da rede pública que garantem estar actualmente com uma coloração estranha.

E o responsável de um dos estabelecimentos de venda de água filtrada ou purificada, sem revelar a sua identidade, confirmou à Rádio Correio da Kianda, que a procura pelo líquido aumentou desde o alerta do Ministério da Saúde, na segunda-feira, sobre a confirmação da existência do surto de cólera em Luanda, e que o preço varia consoante a aquisição do produto atreves do seu fornecedor.

A água filtrada ou purificada é tratada através de um equipamento que retira as impurezas do líquido, e reduzindo as partículas de sujeira.

E o sociólogo Pedro Tati disse que o surgimento da cólera no país revela uma fragilidade do sistema de saúde, incluindo a falta de acesso da população aos serviços sociais básicos.

Por esta razão, Tati considera os casos de cólera já registados, como verdadeiro alerta para a desigualdade social que se vive em Angola.

Pedro Tati adiantou que a compreensão desta doença transcende o campo da medicina, tornando-se num problema social que afecta, sobretudo, a camada populacional mais vulnerável e sem acesso às unidades sanitárias de qualidade.

Por esta razão, Tati considera os casos de cólera já registados, como verdadeiro alerta para a desigualdade social que se vive em Angola.




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