Economia

“Promoção de Mercados Verdes está a abrir um novo caminho para a economia alimentar e circular em Angola”

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A Representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Angola, Gherda Barreto, afirmou, na passada sexta-feita, em Luanda, que a promoção dos Mercados Verdes em Angola está a abrir um novo caminho para a economia alimentar e circular no país.

Aquela responsável da ONU falava durante o seu discurso, na abertura da feira da qualidade dos produtos do campo, realizada sexta e sábado, no Mercado Verde em Benfica, município de Talatona, e que contou com a participação de cooperativas, associações e operadores do comercio e distribuição.

Ao falar dos Mercados Verdes e Agricultura Familiar, Gherda Barreto afirmou que “a promoção destes Mercados Verdes está a abrir um novo caminho para a economia alimentar e circular em Angola”. Esta é uma grande oportunidade para aprofundar o apoio aos pequenos agricultores familiares, educando os consumidores e a próxima geração de consumidores, bem como aumentando o acesso a alimentos locais, saudáveis e sustentáveis”, disse, acrescentando que “os mercados de agricultores são o verdadeiro sector verde da economia e impulsionadores do desenvolvimento económico sustentável”.

Considerou ainda de importante os mercados de agricultores, por entender que “criam um espaço onde o foco dos alimentos é a sua qualidade e as suas práticas agrícolas; e não apenas o preço tem importância. Por trás das filas de produtos, vendedores ocupados, e clientes atarefados, os mercados de agricultores são um centro movimentado de sustentabilidade. A defesa dos produtos frescos é consistente com o objectivo de reforçar o papel dos pequenos agricultores e agricultores familiares, e promove opções de mercado mais amplas. Esperamos que, hoje em dia, neste mercado verde os agricultores comercializadores vendam alimentos frescos e locais a um número crescente de compradores que exigem alimentos que não só são saudáveis, mas também amigos do ambiente”.

Para a representante da FAO em Angola, Luanda pode ser um exemplo de crescimento económico verde e inclusivo, pelo facto de ter maior dinâmica de comercialização nas ruas de legumes e frutas, com mulheres zungueiras e quitandeiras que as levam às mesas das famílias. “A Luanda Verde pode ainda crescer mais com a revitalização do cinturão verde de Luanda com produção de ciclo curto pode aumentar ainda mais a capacidade da alimentação fresca e saudável da capital”, disse. Acrescentando ser “também uma grande oportunidade em Luanda é o fortalecimento das redes comercializadoras da capital na gestão da inocuidade e sanitária dos alimentos e produtos em venda”.

2021 é, para a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Ano Internacional das Frutas e Legumes, pelo que está a ser dedicado à sensibilização sobre o papel das frutas e legumes na nutrição humana, segurança alimentar e saúde.

“Agora, que enfrentamos em todo o mundo uma pandemia, promover a saúde e as dietas saudáveis para fortalecer os nossos sistemas imunitários é especialmente recomendado”, referiu para quem “Ano Internacional das Frutas e Legumes é uma oportunidade para fazermos um apelo para melhorar a produção alimentar saudável e sustentável, através da inovação e tecnologia para reduzir as perdas e desperdícios alimentares com sistemas de processamento, industrialização e comercialização mais eficientes, e com a inclusão da agricultura familiar, em especial com a participação de jovens e mulheres”.

A feira de qualidade dos produtos do campo, do mercado Verde, do Benfica, em Luanda, foi realizada pelo ministério da Industria e Comércio e visou, entre outros, promover os produtos produzidos nos campos agrícolas.

‘A promoção dos produtos nacionais é uma das medidas do programa integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural’ foi o lema do certame e contou ainda com as presenças do Secretário de Estado do Comércio Amadeus Nunes, entre outras individualidades.

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