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Promessas: Candidato do MPLA promete a empresários governação “transparente”
O cabeça-de-lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) às eleições gerais de 23 de Agosto, João Lourenço, prometeu hoje uma governação “transparente” e “menos burocrática”, nomeadamente agilizando a concessão de vistos para turistas e investidores.
O candidato e vice-presidente do MPLA falava em Luanda, durante um encontro de auscultação que manteve com os empresários angolanos, durante o qual aludiu à necessidade de “coabitação e complementaridade entre investidores nacionais e externos”.
“Vamos criar o ambiente adequado para que este sonho seja realidade, através de uma governação transparente, com menos burocracia na aprovação dos projetos privados, com maior agilidade na concessão de vistos para turistas e homens de negócios, no combate a corrupção e de outras práticas menos lícitas que afugentam o investidor, prejudicam o Estado e o pacato cidadão contribuinte fiscal”, assegurou.
O também ministro da Defesa, e que concorre à eleição, por via indireta, para o cargo de Presidente da República pelo MPLA, exortou ainda a classe empresarial a apoiar a diversificação da economia, que continua sustentada na exportação de petróleo.
“Aumentar de forma rápida e sustentada a produção de bens e serviços, sobretudo nos produtos da cesta básica e de outros produtos essenciais para o consumo interno e para exportação é um desafio que convido todos os empresários pequenos, médios e grandes a enfrentar”, observou.
De acordo com o candidato do MPLA para as eleições de agosto, reduzir consideravelmente a grande pressão sobre as divisas do país, uma preocupação para os empresários, que não conseguem importar por exemplo matéria-prima, é outras das prioridades.
“[Divisas] que atualmente são ainda muito usadas para importação de bens de alto consumo que podem e devem ser produzidos aqui”, apontou.
A melhoria do ambiente de negócios e o relançamento da produção nacional, defendeu João Lourenço, passa por um investimento público em infraestruturas básicas e indispensáveis.
“Para o aumento da produção e distribuição de energia e águas, a expansão e melhoramento das redes de estradas e caminhos-de-ferro, a melhor gestão de portos e aeroportos de modo a melhor servirem a economia nacional”, sustentou.
Perante dezenas de empresários, João Lourenço afirmou que o apoio e fomento das pequenas empresas vai merecer uma atenção especial, “como célula base do tecido empresarial e responsável pela criação da riqueza e emprego nas localidades e nos municípios”.
“Não perderemos de vista também a necessidade de ver surgir grandes conglomerados de empresários nacionais que venham assumir, num futuro que se quer para breve, a responsabilidade da elaboração do estudo, projetos e execução das empreitadas das grandes obras públicas do Estado, como estradas, pontes, portos e aeroportos, caminhos-de-ferro, barragens hidroelétricas e outros”, apontou.
João Lourenço exortou igualmente a banca comercial a atuar como “credora do empresariado nacional”, alertando para a necessidade de o país ter bancos fortes e “com as melhores praticas e respeito dos padrões internacionais de ‘compliance'” e fomentando o combate ao “branqueamento de capitais”.
“É evidente que esses padrões não se alcançam em um dia, o importante é a vontade de darmos passos seguros nesta direcção buscando se necessário o aconselhamento técnico de instituições internacionais credíveis”, disse.