Economia
Programa “Angola Investe” será redefinido
As linhas de investimentos extintas, como o Programa Angola Investe, serão redefinidos para uma nova estrutura mais robusta que terá foco projectos do sector produtivo com recurso à matéria-prima nacional.
O técnico do Ministério da Economia e Planeamento, Laércio Cândido prestou esta informação quando dissertava na mesa redonda sobre “Mecanismo de financiamento à indústria”, na Expo- Indústria e Projekta, que decorreu até ontem na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda/Bengo. Para si, a extinção deste projecto dará lugar a um outro projecto mais robusto, mais orientado e específico, que vai corrigir algumas falhas do programa anterior.
A esta reformulação no sentido atender as necessidades da economia, por- quanto o anterior demandava enormes quantidades de divisas e havia sido desenhada para uma conjuntura diferente da actual.
Na actual conjuntura, tendo em conta à escassez de divisas, mudou-se o paradigma tendo em conta os níveis de prioridades, com flexibilidades específicas às necessidades de financiamento de cada sector.
O programa anterior tinha um período de carência e em alguns casos não tinha margens aceitáveis, o volume de financiamentos para determinados projectos não eram suficientes.
Neste contexto, a prioridade vai também no fecho das cadeias produtivas e a maior utilização do conteúdo nacional, evitando assim aqueles que demandam maior quantidade de divisas.
Para o representante do BDA, Mário de Alcantra Monteiro, o banco financiou 855 projectos e parte destes não tiveram pernas para andar
por falta de empenho dos produtores e também por alguma insuficiência do próprio banco.
O BDA gere o Fundo Nacional de Desenvolvimento e apesar de ter os recursos reduzidos neste momento por falta de cabimentação, continua disponível para financiar projectos desde que estejam bem estruturados.
Os representantes dos outros bancos que participaram na mesa redonda foram unânimes de que os requerentes de financia- mento devem estruturar bem os seus projectos.
Nesta senda, o represen- tante do BPC, João da Costa Ferreira, disse terem financiamento até quatro milhões de kwanzas às pequenas e médias empresas.
JA