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Professores e médicos confirmam paralisação esta quarta-feira

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Os sindicatos confirmam a paralisação geral na função pública nesta quarta-feira, 20, para reivindicarem o aumento do salário mínimo nacional.

Centrais sindicais asseguram que a greve na função pública é agora irreversível, segundo o porta-voz dos trabalhadores Teixeira Cândido que lembra que em causa está a satisfação de um caderno reivindicativo com cinco pontos fundamentais, com realce para o ajustamento do salário da função pública em 250 por cento, e um ajustamento do salário mínimo nacional, inicialmente na ordem dos 245 mil kwanzas, agora reduzido para 100 mil kwanzas.

O Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, que diz estar aberto ao diálogo, não voltou a chamar as centrais sindicais para tentar chegar a um acordo e evitar a paralisação de três dias na função pública.

Entretanto, o especialista em Gestão e administração Pública Denilson Duro, afirma que a possível paralisação amanhã dos trabalhos, pode causar embaraços na vida dos cidadãos.

Por sua vez, o MPLA defende que as reivindicações das centrais sindicais devem ser harmonizadas e equilibrá-las com a sustentabilidade das empresas e das famílias.

A posição do partido que sustenta o Governo foi manifestada nesta segunda-feira durante uma conferência de imprensa, em Luanda, apresentada pelo secretário para Informação e Propaganda do Bureau Político do Comité Central, Esteves Hilário.

O MPLA exortou as centrais sindicais a garantir os serviços mínimos, caso a greve venha ter lugar, e apela o executivo angolano a manter a postura do diálogo para encontrar as melhores soluções que satisfaçam as partes.

Sem gravar entrevista, Adriano Manuel, membro da equipa negocial dos sindicatos junto do Executivo, avançou que os médicos estarão a 50 por cento nesta greve.

Os professores, através do SINPROF, asseguram que a adesão à greve será de 100 por cento e lamentam o facto de as reivindicações não terem sido atendidas.

Os operadores de justiça dos tribunais de comarcas e do Ministério Público também confirmaram a adesão à greve.

Alguns taxistas asseguram que vão paralisar a actividade em solidariedade com os funcionários públicos.

Sobre o assunto, o politólogo Agostinho Sicato entende que a comunicação do MPLA vem tarde, numa fase que considera de fraqueza.

O académico sustenta que uma greve geral seria desastrosa para a imagem do Governo, tendo em conta a situação socioeconómica já degradante.

Na base da greve geral está a satisfação de um caderno reivindicativo com cinco pontos fundamentais, com realce para o ajustamento do salário função pública em 250 por cento, exigência abaixada para 100 por cento, e a redução do IRT na ordem de 10 por cento, mas que, durante as conversações, evoluiu para uma taxa de 15 por cento.

Outro ponto é o ajustamento do salário mínimo nacional, inicialmente na ordem dos 245 mil kwanzas, agora reduzido para 100 mil kwanzas

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