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Processo de actos terroristas constitui “um teatro mal montado” afirma Manuel Fernandes

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A sentença dos réus implicados em actos preparatórios de tentativa de detonar infra-estruturas públicas, nomeadamente a Presidência da República, a Refinaria de Luanda, o Centro de Armazenamento de Combustíveis no Huambo, sede do SIC, entre outras, será conhecida na próxima quinta-feira, segundo informação avançada pelo Juiz da causa, depois da leitura dos quesitos, que teve lugar a semana passada.

Entretanto, o assunto divide a opinião dos analistas da Rádio Correio da Kianda. O político Manuel Fernandes, por exemplo, considerou o processo de “uma peça de teatro ou filme mal montado para atingir duas figuras políticas, nomeadamente, Adalberto Costa Júnior e Liberty Chiyaca”. O líder da CASA-CE, afirmou que a forma como está a ser conduzido o processo visa somente “distrair a opinião pública”.

Por seu turno, o jurista e advogado dos réus, David Mendes, pensa que não é credível que alguém assuma um crime cuja moldura penal pode ir até 15 a 17 anos, só para fazer teatro. O causídico, pede respeito pelas pessoas que estão a conduzir o processo, desde juízes, procuradores, investigadores e advogados, embora entenda que, o que mais preocupa a sociedade são os autores morais.

Já, o filósofo, Almeida Pinto, mostrou-se confiante que os juízes poderão avaliar o nível da participação de cada implicado, para salvaguardar a imagem dos tribunais, e defendeu a transmissão do julgamento na Televisão Pública.

O representante do PRS, Romário Leitão Gomes, é de opinião que todos partidos pretendem alternância política em Angola, mas, não se pode usar meios violentos, como actos terroristas para se chegar ao poder.

E, o cientista político, Eurico Gonçalves, considerou o processo de sensível, e disse que caberá ao juiz decidir, levando em conta os argumentos dos advogados, com base a “delação premiada”, já no caso que envolve os Generais “Kopelipa e Dino”, encara que os advogados procuram uma ampla defesa dos arguidos.

Vale lembrar que, a quarta sessão de julgamento dos Generais “Kopelipa e Dino” terá lugar nesta terça-feira, e a sentença dos réus, implicados em actos terroristas, será conhecida na quinta-feira, no tribunal provincial do Huambo.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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