Politica
“Problemas sociais são resultado do conflito que o país viveu”
“Os problemas sociais são resultado do conflito que o país viveu, mas o governo está empenhado em busca de soluções”, disse esta quinta-feira, 18, o general na reforma Higino Carneiro, quando se dirigia aos alunos durante a primeira palestra sob o lema “Pela paz construímos um futuro melhor”, que decorre em Luanda.
Também apelou à juventude “que temos de ser capazes de perdoar e convivermos na diferença”, reforçou.
O antigo governador do Cuando Cubango e o ex-Secretário de Estado para os Antigos Combatentes, Clemente Conjuca, são os prelectores da conferência sobre os 22 anos de paz, que o país assinalou no dia 04 de Abril, numa actividade organizada pela Associação dos Estudantes de Luanda.
Higino Carneiro citou também que “a falta de luz, escola, hospitais e vias de comunicação deve-se a escassez de recursos financeiros” e deixou um conselho aos jovens:
“Não pensem só em ser juristas, Relações Internacionais mas, procurem se formar nas esferas técnico-profissional, serralharia, mecânica, mas não estou a dizer que desistam da vossa luta”.
O general na reforma recordou igualmente que “há alguns anos era inaceitável ver bandeiras da UNITA nos centros urbanos, e era impensável ter bandeira do MPLA nas zonas recônditas, mas hoje a situação é diferente. Acreditem que a mudança é irreversível, vamos ajudar o governo do MPLA, estão a trabalhar para consolidar essa conquista, mas devemos evitar todo ambiente que nos leve a guerra”.
Dívida da guerra
Por sua vez, o ex-Secretário dos Antigos Combatentes disse que a guerra civil que terminou em 2002, com assinatura do memorando de entendimento entre o governo e a UNITA, deixou uma dívida de 8 bilhões de dólares.
“A reabilitação do país não contou com o apoio dos parceiros de ontem, o governo do MPLA teve de contar com o apoio do governo da China. Foi assim que se começou com a reabilitação do país”, afirmou.
O também general na reforma disse que as infra-estruturas coloniais foram construídas ao longo dos 500 anos de colonização e “nós estamos só há 22 anos de paz, mas, convém reconhecer que, Angola deu passos significativos na reabilitação e construção de novas infra-estruturas, como ganhos da paz”.
Actualizada às 12:18