Politica
Problemas de infertilidade vão ser tratados em Angola
Os casais e pessoas solteiras que sofrem de problemas de infertilidade vão deixar de ir ao exterior do país em busca de tratamento com custos económicos bastantes elevados, uma solução da Proposta de Lei sobre a Reprodução Humana Assistida aprovada ontem pelos deputados, durante uma reunião plenária, na Assembleia Nacional.
Segundo o médico Pedro de Almeida, a aprovação da lei representa uma conquista esperada há décadas e vai garantir ao país a autossuficiência na Medicina, no sentido de tratar casais com dificuldades de engravidar, bem como evitar gastos de grandes somas de dinheiro para recorrer ao exterior do país.
“Esta lei de Reprodução Humana Medicamenta Assistida representa, para o nosso país, uma grande conquista porquanto era aguardada há mais de uma década, e, felizmente, hoje os representantes do nosso povo que estão na Assembleia Nacional acabaram de aprovar por unanimidade. Ela vai fazer que o nosso país possa ter aquilo que consideramos de uma autossuficiência em termos de apoiar aqueles casais que, por vários motivos, não conseguem atingir o desejo supremo, que é de ter filhos, ter descendências. Vai fazer com que o nosso país poupe muitos milhões de dólares por parte dos seus habitantes que teriam de sair para o exterior em busca deste desejo supremo, que é ser pai e ser mãe”, reagiu em entrevista a Rádio Nacional de Angola.
Pedro de Almeida reconhece que o país ainda não tem muitos profissionais nesta especialidade, mas entende que Angola precisa avançar na área de Saúde, criando condições para capacitação de especialistas de reprodução humana assistida.
“Nós não diríamos que temos um grande número de angolanos com esta especialidade, mas já há muito anos que muitos angolanos da área da Medicina ou área de Saúde têm preocupado em receber este tipo de formação e nós temos que começar a dar passos, porque o país precisa de avançar. Temos já um pequeno núcleo de médicos, de técnicos de saúde que estão formados nesta área, por isso, teremos também que dar sequência ao futuro, criando condições para que médicos e enfermeiros, biomédicos e outras pessoas auxiliares possam receber a devida capacitação para o exercício da profissão”, afirmou.
Por Pedro Kididi