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Sociedade

Privados suspendem contratos com os professores

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A decisão do Governo em suspender o pagamento das propinas e, possivelmente, anular o actual ano lectivo, está a fazer com que as direcções dos colégios suspendam os contratos de trabalho com os professores, por alegadamente não terem condições de arcar com os custos salariais.

Em carta a qual o Correio da Kianda teve acesso, a direcção do colégio Elizângela Filomena, um dos mais conceituados de Luanda, diz que “não tem outra alternativa que não seja também suspender os contratos de trabalho até a decisão do início das aulas”.

“Lamentamos e pedimos aos funcionários que se dirijam ao departamento de Recursos Humanos para que possam consultar a situação contratual de cada um”, diz o comunicado assinado pela direcção daquela unidade privada de ensino, com a data de hoje.

Por sua vez, o Aurora – Complexo Escolar Internacional emitiu um comunicado em que diz recusar-se a suspender a aprendizagem dos educandos:

“Estamos a refazer a nossa prestação, vamos preparar um programa ocupacional e enviaremos mais informações, na próxima semana, juntamente com uma ficha de inscrição para os encarregados interessados”, diz o comunicado, sendo que fontes afirmaram a este jornal que tal programa terá custos, o que pode ser uma forma encontrada pelo colégio de conseguir manter os seus trabalhadores.

O Governo determinou, na última quinta-feira, 09, a suspensão da cobrança de propinas em todas as instituições de ensino públicas, público-privadas e privadas. Conforme o decreto, a medida deverá vigorar até a retoma das aulas presenciais no país, suspensas devido medidas de biossegurança contra a expansão da Covid-19.

Mesmo sem a medida, os professores já alegavam estar a passar diversas dificuldades, como apurou a reportagem feita pelo Correio da Kianda. Leia aqui.