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Prioridade do OGE à saúde pública desaparece na fase de execução, diz especialista

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O especialista em Saúde Pública, Jeremias Agostinho, alertou para um problema estrutural que, segundo disse, continua a comprometer a eficácia do Sistema Nacional de Saúde, a diferença profunda entre o que o Orçamento Geral do Estado prevê e o que realmente é executado para a saúde pública.

Para Jeremias Agostinho, o país vive “um desafio muito grande” no sector. O médico lembra que, historicamente, o OGE dá prioridade à saúde pública, mas essa prioridade desaparece na fase de execução.

O especialista afirmou que falta coragem institucional para expor o real estado dos serviços de saúde pública, num contexto em que grande parte da população vive em vulnerabilidade social.

Jeremias Agostinho disse, por outro lado, que a inconsistência entre o planeamento e a execução orçamental fragiliza todo o sistema, impedindo que a saúde pública cumpra o seu papel estratégico na prevenção, vigilância epidemiológica e promoção da saúde sobre tudo no sector primário.

Enquanto isso, o especialista em medicina natural, Gabriel Viva, defendeu que a forte dependência das populações rurais angolanas dos tratamentos tradicionais resulta não apenas da cultura, mas também das dificuldades de acesso aos serviços formais de saúde, educação e trabalho.

Segundo o especialista, a medicina natural continua a ser o primeiro recurso de grande parte das famílias rurais, realidade que se mantém viva há séculos.

Gabriel Viva defendeu, ainda, um maior investimento e regulamentação da medicina natural em Angola.

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