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Presidente João Lourenço pede acção urgente para reduzir poluição dos mares

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O Presidente de Angola, João Lourenço, exortou, nesta segunda-feira, 27 de junho, na capital portuguesa, Lisboa, para a necessidade do desenvolvimento de acções urgentes para reduzir a poluição dos mares.

João Lourenço, que discursava na segunda Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, afirmou que oceanos constituem a maior biosfera do planeta e a eles estão associados um conjunto de benefícios para a humanidade, como económicos e de mobilidade dos povos, na interação e integração das diferentes culturas, religiões, hábitos e costumes dos povos e nas trocas comerciais entre as nações.

Defendeu, por isso, a salvaguarda dos oceanos, a fim de assegurar melhor qualidade de vida às futuras gerações.

“O triste cenário que hoje constatamos impele-nos a agir para encontrarmos soluções que invertam a actual tendência de poluição dos mares e oceanos”, alertou.

O facto de Angola ser um país banhado pelo oceano atlântico, obriga, continua João Lourenço, o governo a desenvolver iniciativas e a procurar soluções que concorram para a sua utilização racional para a sua proteção e servir os interesses de todos os países que lhe são ribeirinhos.

“É em função desta perspectiva que temos vindo a desenvolver acções no sentido de alargar os limites da nossa Zona Económica Exclusiva, para o que temos procurado dar os passos necessários junto da comissão competente das Nações Unidas, com vista a consagrarmos legalmente este objectivo, na base do qual poderemos passar a utilizar e proteger os recursos que se encontram em zonas próximas da nossa costa e que têm vindo a ser objecto de delapidação por parte de frotas pesqueiras estrangeiras não licenciadas”, informou.

Para o chefe de Estado angolano, os discursos sobre a preservação e melhor exploração dos recursos marinhos passa necessariamente por acções que visem a proteção do meio Ambiente no geral, cuja degradação se reflecte de forma negativa nos mares e oceanos.

Referiu-se também ao aquecimento global, como responsável pelo degelo da calote glaciar que vem “aumentando assustadoramente o nível das águas do mar, colocando em perigo cidades e outros assentamentos populacionais do litoral à escala universal”.

Disse ainda que o aquecimento global, que aumenta a temperatura média das águas dos oceanos é igualmente responsável pelo aumento do número de ciclones, furacões e tsunamis no Atlântico, no Índico e no Pacífico e que, sendo cada vez mais frequentes e devastadores, têm causado um elevado número de vítimas humanas e danos materiais consideráveis em todos os continentes.

Por esta razão, o Presidente da República exortou a todos a tomar medidas para a redução da emissão de gases com efeito estufas, com vista a protecção da camada do planeta.

Sobre as acções que Angola tem vindo a desenvolver para mitigar o aquecimento global, apontou a redução da queima de combustíveis fósseis para produção de energia eléctrica, bem como os projectos de produção de energia fotovoltaica, cuja inauguração está prevista para o próximo mês de julho no centro, sul e leste do país.