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Presidente João Lourenço chega a Congo Brazzaville

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, chegou na manhã desta quarta-feira a Brazzaville, a fim de participar na minicimeira sobre a situação na região e, em especial, na República Democrática do Congo (RDC).

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À chegada, o Presidente João Lourenço foi recebido pelo primeiro-ministro, Clément Mouamba, antes de ser conduzido ao local da conferência, no Palácio Presidencial.

O encontro é consagrado à análise da situação política e de segurança na região, em geral, merecendo a RDC uma atenção especial, devido ao processo eleitoral em curso naquele país, que acaba de conhecer mais um adiamento.

Segundo fontes diplomáticas na capital congolesa, a convocação da reunião foi iniciativa do país anfitrião, na sua qualidade de presidente em exercício da CIRGL.

O encontro previa, inicialmente, um quórum mais alargado de países da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e da CIRGL (Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos), mas foi reduzido a minicimeira, devido ao número limitado de presenças confirmadas.

A Namíbia, actual presidente da SADC, está entre as presenças confirmadas a nível de chefes de Estado e de Governo, além do anfitrião Congo-Brazzaville, que assegura a presidência rotativa da CIRGL.

Os demais países devem fazer-se representar a outros níveis, segundo a mesma fonte.

Entre os chefes de Estado sem presença confirmada está o Presidente Joseph Kabila Kabange, da RDC, país sob tensão política latente desde o adiamento, para 30 de Dezembro corrente, das eleições gerais inicialmente marcadas para 23 do mesmo mês.

O adiamento foi anunciado na passada quinta-feira, 20, pelo presidente da CENI, Corneille Nangaa Yobeluo, que invocou “dificuldades técnicas e logísticas”, alegadamente induzidas pelo incêndio de 13 de Dezembro corrente, que teria destruído 80% do material eleitoral reservado à capital do país, Kinshasa.

Desde então, a RDC vive alguma incerteza que divide a opinião da classe política interna e da sociedade em geral, entre os que preferem acreditar no adiamento e aqueles que olham para esta decisão como “uma manobra dilatória”.

A oposição insiste que, apesar de suspeitar da falta de vontade política do regime do Presidente Kabila de ir às urnas, vai dar o benefício da dúvida à CENI, até 30 de Dezembro.

Contudo, adverte que não vai aceitar um novo adiamento depois dessa data, “ainda que de um dia apenas”.

Estas eleições, em que os congoleses devem escolher um novo presidente e 500 novos deputados, deviam normalmente realizar-se em Dezembro de 2016, mas foram sucessivamente  adiadas, mergulhando o país numa profunda crise política.

Elas resultam da aplicação do Acordo de São Silvestre, de 31 de Dezembro 2016, assinado pelo Governo do Presidente Kabila e pela oposição, para dar resposta à crise política no país, provocada pelo adiamento reiterado do escrutínio.

Esta é a terceira vez que as eleições são adiadas, por razões diversas, desde 2016. O segundo  adiamento foi em 2017.

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