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Presidente João Lourenço alerta para nova dinâmica económica em África

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O Presidente da República e da União Africana, João Lourenço, alertou hoje, 09, que “África deve deixar de ser vista apenas como fornecedora de matérias-primas, para se afirmar como parceiro activo na construção de uma economia global dinâmica e resiliente”.

O Chefe de Estado fez estas declarações ao intervir na 2ª Edição do Fórum Global Gateway, que decorre em Bruxelas, capital da Bélgica, realizado pela União Europeia.

João Lourenço advogou uma nova abordagem nas relações económicas internacionais, defendendo a necessidade de se transformar os abundantes recursos naturais e o potencial humano do continente em factores de crescimento partilhado e cooperação equilibrada, baseados em interesses comuns e benefícios mútuos.

O Presidente da República afirmou igualmente que o continente africano está fortemente empenhado em alcançar a industrialização, desenvolvendo capacidades que podem impulsionar a transformação local dos recursos, com vista a procura de criação de empregos dignos para a juventude, agregar conteúdo tecnológico aos produtos.

De acordo com o Líder da União Africana, desta forma, “vai se permitir mitigar os fluxos migratórios para a Europa, forçados muitas vezes por escassez de emprego e falta de alguma perspectiva dos jovens”.

“Estamos profundamente cientes de que é fundamental acrescentar mais-valias às matérias-primas de África, tornando-as mais competitivas nos mercados internacionais, de que resultariam mais recursos financeiros para investirmos nas nossas economias, que se encontram numa fase de redinamização no quadro da Zona de Comércio Livre Continental e no da construção de infra-estruturas para o desenvolvimento de África” frisou o estadista angolano.

O Chefe de Estado afirmou igualmente que é “em função desta visão que a União Africana realizará em Luanda, neste mês de Outubro, uma Cimeira sobre o Financiamento para o Desenvolvimento das Infra-estruturas em África, sob o lema “Capital, Corredores, Comércio: Investir em Infra-estruturas para a Zona de Comércio Livre Continental Africana e a Prosperidade Partilhada”.

João Lourenço sinalizou que fala deste tema no referido evento, por considerar estar no local e momento apropriados para mobilizar sensibilidades, interesses e capital financeiro, que poderiam ser canalizados para os objectivos que referiu, por via dos mecanismos europeus de apoio ao desenvolvimento e pelos canais do sector privado e empresarial da Europa representado no fórum.

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