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Presidente do Ruanda recebido pelo papa Francisco

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O presidente do Ruanda, Paul Kagame, encontrou-se hoje pela primeira vez com o papa Francisco no Vaticano, num contexto de relações tensas entre Kigali e a Igreja católica.
Em novembro, o governo ruandês considerou que o Vaticano deveria pedir perdão pelo papel de alguns representantes da Igreja no genocídio em 1994 que, segundo a ONU, causou 800.000 mortos, essencialmente da minoria tutsi.

O encontro entre o papa e o presidente ruandês, acompanhado da mulher, durou cerca de 20 minutos, numa atmosfera descrita como “cordial” por jornalistas que foram mantidos à distância.
Francisco ofereceu a Kagame uma medalha representando “um deserto que se tornou um jardim”, numa alusão ao país em reconstrução após o genocídio.
O presidente ruandês deu ao papa uma vara tradicional africana “para convocar as pessoas”.

Actualmente cerca de metade dos ruandeses são católicos, depois de muitos se terem voltado para as igrejas pentecostais após o genocídio.

A Igreja católica foi por diversas vezes posta em causa devido à sua proximidade com o regime extremista hutu da época do genocídio e pelo envolvimento nos massacres de padres e de religiosos, vários dos quais foram julgados e alguns condenados.

A 21 de novembro, a Igreja católica ruandesa, numa carta assinada pelos nove bispos do país, pediu perdão por todos os cristãos que tenham estado implicados no genocídio.

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