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Presidente do grupo parlamentar do Galo Negro desafia Ministério Público

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Presidente do maior partido da oposição (UNITA), Adalberto da Costa Jr., numa conferência de imprensa no “quintalão” do SOVISMO, desafiou o Ministério Público á investigar as acusações relacionadas com a corrupção e branqueamento de capitais que envolvem membros do Executivo angolano e algumas figuras da alta-hierarquia do do Partido no Poder (MPLA). Esta reacção da UNITA, surge em relação à uma série de acusações, processos judicias e “bombas” lançadas pelos órgãos de comunicação social portuguesa, cuja televisão SIC aparece como “timoneiro” das reportagens.

“Algumas dessas reportagens que vêm de Portugal trouxeram e obrigam a Procuradoria-Geral da República a investigar. Ou então, estará a desviar o seu olhar daquilo que é a sua responsabilidade”, firmou o líder da bancada parlamentar do Galo Negro, Adalberto da Costa Júnior.

O líder parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) falava hoje na Capital (Luanda) do país, apontou energicamente sobre o caso do Banco Espírito Santo Angola (BESA) e envolvimento de altos responsáveis do regime, considerando que tais abordagens afectam a imagem do país e, destroem a sua reputação e prestígio junto da comunidade internacional como também dos seus parceiros internacionais estratégicos.

“Algumas dessas reportagens conformam gravíssimas violações à lei, saídas milionárias do Banco Nacional de Angola, absolutamente ilegais que criam pobrezas, sofrimentos, danos e que maltratam a imagem do país, com puro silêncio das instituições. Isto não pode continuar no futuro, porque estas acções atentam efectivamente a todos nós”, assegurou Da Costa Junior.

“Hoje temos fora do país valores financeiros saídos ilegalmente, superiores às reservas que o país oficialmente tem para responder as necessidades de gestão nacional. Isto é muito grave e deve-se pôr um ponto final nesta matéria”, rematou ainda o líder da UNITA.

Questionado sobre a atuação dos órgãos judiciais angolanos, o líder parlamentar da UNITA considerou que os mesmos estão “absolutamente corrompidos, fora do prazo” e com “falta de legitimidade”. “O que faz o Tribunal de Contas? O Tribunal Supremo fala mas não age. O Tribunal de Contas e o Tribunal Constitucional estão fora do prazo, não têm falta de legalidade, mas sim de legitimidade. O nosso sistema judicial está absolutamente corrompido do topo à base, não só na visão da UNITA mas na visão de qualquer cidadão isento. Temos dirigentes com bens que não justificam o seu rendimento legal”, acusou.

Da Costa Júnior aproveitou o momento para tecer duras críticas sobre a atuação do parlamento angolano, considerando mesmo que “não serve o interesse do cidadão”, até porque as transmissões das reuniões plenárias que são apresentadas à comunicação social – que acompanha o evento numa sala à parte dentro da Assembleia Nacional – serão censuradas.

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1 Comment

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  1. Sacou

    21/07/2020 at 10:22 pm

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