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Presidente de transição da Guiné-Conacri diz que país honrará compromissos internacionais
O coronel Mamady Doumbouya, investido ontem como Presidente de transição na República da Guiné, reiterou que o seu país, um importante produtor de minerais, honrará todos os seus compromissos internacionais.
Doumbouya, que dirige os militares que tomaram o poder pela força, há um mês, também afirmou o seu “compromisso” de que nem ele nem qualquer outro membro da junta se candidatarão em futuras eleições, que os militares prometeram organizar após um período de transição, cuja duração não avançou.
E acrescentou: “Gostaria de reiterar o meu compromisso de que nem eu nem qualquer membro do Comité Nacional para o Desenvolvimento e dos órgãos de transição seremos candidatos nas próximas eleições”.
Doumbouya atribuiu a esta transição a missão de “refundar o Estado”, redigir uma nova Constituição, combater a corrupção, reformar o sistema eleitoral, reformar o dossier eleitoral, organizar eleições “livres, credíveis e transparentes” e a “reconciliação nacional”.
Em 08 de setembro, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu, após uma cimeira extraordinária, suspender a Guiné-Conacri de todas as instituições da organização na sequência do golpe que afastou o Presidente Alpha Condé.
Os líderes da organização regional também concordaram em enviar uma missão de alto nível, que visitou a Guiné-Conacri para discutir a situação com a junta militar que governa o país.
A República da Guiné, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau, é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.
Por Lusa